É bom ver a CCXP de volta e o futuro promete, mas ficou um quê de decepção
Painéis lotados, fãs empolgados, cosplays, lojas abarrotadas e filas que dobravam esquinas. Quando falamos de uma convenção como a CCXP, esses são elementos que não podem faltar. Neste ano, com o retorno ao presencial do evento que aconteceu em São Paulo, não foi diferente.
A Comic-Con contou com o saudosismo do público brasileiro de grandes feiras do gênero e entregou um evento que manteve a qualidade dos anteriores, mas não superou expectativas.
Há de se considerar que a pandemia afetou diretamente o setor audiovisual. O crescimento das plataformas de streaming e a hesitação com o cinema foram sentidos durante os últimos quase três anos, e acabaram também sendo refletidos na convenção.
Talvez por receios dos estúdios neste momento de retomada, é possível dizer que os lançamentos e "surpresas" foram mais contidos do que o esperado. Isso não quer dizer que tenha sido ruim, apenas que não houve tentos anúncios relevantes como nos anos anteriores.
Disney fez a festa
Os painéis, é claro, foram animados - na medida do possível. Enquanto a Disney deu um show na quinta-feira (1º), com um painel regado a surtos, gritarias e trailers bastante aguardados, outras companhias não tiveram a mesma sorte.
O que ficou provado é que importa mais um painel bem conduzido e animado do que um gigante e sem animação.
Alguns dos talentos presentes esbanjaram simpatia e conquistaram o público. Paul Rudd, Pedro Pascal, Jenna Ortega, Gwendoline Christie e Bruna Marquezine saem como os nomes que mais agitaram os quatro dias de evento.
Ativações só pra postar
Quanto às ativações, a impressão é a de que o foco ficou em gerar conteúdo para o Instagram, com pouquíssimas interações.
As ativações eram focadas, em sua maioria, em séries e filmes famosos. Nos estandes, eram construídos cenários grandiosos, com detalhes impressionantes, mas eram apenas cenários, ou seja, o foco eram as fotos.
A Netflix impressionou com um estande gigante e ativações constantemente lotadas. Prime Video também caprichou na decoração e nos cenários de "O Senhor dos Anéis" e "The Boys".
Outras, no entanto, se assemelhavam mais a cenários "instagramáveis" do que a brincadeiras e interações que valessem o tempo na fila. Quem quisesse viver a aventura imersiva, como acontecia nas edições anteriores, se decepcionaria.
Mas e aí, valeu a pena?
De modo geral, foi um bom recomeço para um evento que sempre contaria com tantos desafios no pós-pandemia. Para os próximos anos, a tendência é aumentar a confiança e encher cada vez mais.
Porém, a expectativa crescente pode ser um fator de tensão para a edição de 2023, já que com o retorno do cinema mais consolidado e os grandes filmes programadas criam mais ansiedade para os fãs do mundo pop.
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