Carmo Dalla Vecchia sobre colecionar álbuns da Copa: 'Jogadores sexy'
Carmo Dalla Vecchia, de 51 anos, tem o costume de colecionar álbuns de figurinhas da Copa do Mundo. Com um grande acervo, o ator não tem muita afinidade com o futebol.
"Só gosto do álbum mesmo e acho os jogadores sexy. Não mexe em nada comigo, o futebol. Ao contrário dos atletas", brincou o ator, em entrevista ao Gshow.
De acordo com o ator, o futebol é um meio extremamente machista e homofóbico, porém destaca alguns jogadores que têm mudado esse cenário, no esporte no geral.
"Mas, felizmente, alguns jogadores (no universo dos esportes em geral) estão se mostrando como são, com uma coragem que seus antecessores não tiveram. Esse é o caso do ex-meio-campista Richarlyson, que recentemente falou sobre sua bissexualidade', disse.
Com a coleção de álbuns da Copa desde 2010 e com dez somente da edição deste ano, com encadernações e cores diferentes, Carmo contou que não troca figurinhas e admitiu a sua busca pelas mais raras da edição.
"Estou na busca das 80 extras do álbum deste ano. Já tenho todas as bordôs, quase todas bronze, algumas prata e poucas ouro. Isso sim é uma coleção rara!", afirmou.
Porém, a sua coleção não se resume a álbuns da Copa do Mundo. Ele também reúne álbum "Bem Me Quer". "Teve um álbum que eu acabei guardando com muito carinho e não era nem meu, era das minhas irmãs, porque menino não podia fazer álbum 'Bem Me Quer'. Confesso que na época, achei chato... Era uma época mais radical, principalmente num estado machista como era o Rio Grande do Sul, em que menino veste azul e menina veste rosa...", desabafou.
Ele disse que pretende apresentar o universo de colecionador para o filho Pedro, 3, fruto do seu relacionamento com o autor João Emanuel Carneiro.
"Do jeito que ele copia tudo que faço, certamente na próxima Copa ele terá o seu próprio álbum e eu o guardarei com muito carinho!", derreteu-se o artista.
Copa do Mundo
Na entrevista, o ator também ressaltou sobre a Copa do Mundo 2022 acontecer no Qatar, um país com práticas homofóbicas e leis que criminalizam a comunidade LGBTQIAPN+.
"Acho uma pena a Copa ser sediada em um lugar onde pessoas LGBTQIAPN+ não sejam bem-vindas. A pergunta que não quer calar: como aceitamos realizar uma Copa num lugar assim? Como nós deixamos isso acontecer? Talvez o mais correto seria não irmos a um lugar onde não nos queiram bem", disse ele.
Ele ainda acrescentou: "Pessoas como eu, ou que tivessem amigos ou parentes como eu, ou que fossem minimamente empáticas à causa nunca deveriam pisar em um país desses. Se fosse assim, talvez o estádio de futebol nem lotasse, afinal nós somos muitos e isso é um fato. Se mais pessoas se assumissem, tudo isso ficaria mais claro. Mas entendo que cada um tem seu tempo e isso é uma escolha individual", concluiu.
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