Huck pede desculpa ao vivo por pergunta sobre George Floyd: 'Erro grave'
O apresentador Luciano Huck pediu desculpas no "Domingão" (TV Globo) de hoje por uma pergunta que foi ao ar no quadro "Quem quer ser um milionário?" no último domingo (4).
A questão era qual a frase dita pelo norte-americano George Floyd antes de ser assassinado, em 2020.
"No último domingo, por um enorme vacilo nosso aqui, uma pergunta absolutamente inadequada foi ao ar no 'Quem quer ser um milionário?', uma pergunta que, de certa forma, banalizava a violência sofrida por George Floyd quando foi assassinado pela polícia dos Estados Unidos", disse Huck.
"Foi um erro grave nosso, eu não tive presença de espírito na hora de sacar o quanto aquela pergunta era inapropriada e não precisava estar ali, então, em meu nome e em nome da nossa equipe do 'Domingão' eu peço desculpas, acho que nosso letramento antirracista é uma construção constante e ininterrupta. Então, além do pedido de desculpas, fica aqui nosso aprendizado", concluiu o apresentador.
Desculpas no Twitter. Huck já tinha se desculpado no Twitter nessa semana. Ele foi questionado pelo professor, advogado e colunista da Folha de S. Paulo Thiago Amparo, que perguntou:
"Sei que me segue aqui e já trocamos ideias! Vamos falar sobre essa pergunta? Para pessoas negras, o caso do Floyd (e tantos outros Floyds brasileiros) é traumático ao ponto de fazer com que colocar suas últimas palavras num quiz de entretenimento seja inaceitável", escreveu Amparo.
O apresentador respondeu:
Você tem toda razão sobre a pergunta formulada. Estou cada vez mais consciente do quanto devo evoluir no letramento antirracista além da intenção. Não tenho acesso prévio às perguntas e desta vez não tive a presença de espírito para reagir de imediato. Errei. Peço desculpas. E vamos conversar
Huck sobre pergunta polêmica
Amparo depois agradeceu o apresentador pelo contato.
"Obrigado por me escrever no privado e começarmos este diálogo. Entendo que só veja as perguntas na hora mesmo e que já falamos sobre o tema racial em outros momentos. Seguimos aprendendo uns com os outros fora do Twitter, que está cheio de ódio. Grande abraço."
Caso George Floyd. O ex-policial Derek Chauvin declarou-se culpado das acusações de violação dos direitos civis de George Floyd durante o assassinato do homem negro em 2020.
Chauvin, um homem branco de 45 anos, já foi condenado por uma corte estadual a 22,5 anos de prisão pelo assassinato de Floyd em 2020. O então policial se ajoelhou sobre o pescoço de Floyd durante quase nove minutos enquanto um passante registrava tudo em um celular.
O vídeo que mostrou Chauvin se ajoelhando sobre o pescoço da vítima algemada durante a prisão causou revolta global e desencadeou um dos maiores movimentos de protesto dos Estados Unidos em décadas.
Chauvin e três outros policiais, Thomas Lane, J. Alexander Kueng e Tou Thao, estavam prendendo Floyd pela suspeita de uso de uma nota falsa de US$ 20.
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