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ANÁLISE

'Avatar: O Caminho da Água' é mais que um show visual: é sobre nosso futuro

Neytiri (Zoë Saldaña) e Jake (Sam Worthington) lutam pela família e pelo futuro de Pandora em "Avatar: O Caminho da Água" - 20th Century Studios/Divulgação
Neytiri (Zoë Saldaña) e Jake (Sam Worthington) lutam pela família e pelo futuro de Pandora em 'Avatar: O Caminho da Água' Imagem: 20th Century Studios/Divulgação

Renan Martins Frade

Colaboração para o UOL

15/12/2022 12h00

Esta é a versão online da edição desta quinta-feira (15) da newsletter Na Sua Tela. Nesta semana, destaques para "Avatar: O Caminho da Água", "Bardo" e outros filmes que chegam aos cinemas e aos streamings, além de uma curadoria do que vale assistir. Quer receber a edição da semana que vem no seu e-mail? Inscreva-se. Os assinantes UOL ainda têm mais de 10 newsletters exclusivas.


Uma das principais características de uma boa ficção científica é ter os pés fincados na nossa realidade, no nosso presente - usando o futuro, ou a imensidão do espaço, como metáfora para nos fazer enxergar para além do horizonte.

Foi o que James Cameron fez em "Avatar", lá em 2009. Surpreendente por sua tecnologia e espetáculo visual, o filme se tornou rapidamente a maior bilheteria do cinema mundial. Porém, por debaixo dessa "casca" de computação gráfica e realização técnica, está um enredo cheio de camadas, que aborda a nossa ganância enquanto sociedade, a devastação da natureza e a necessidade de vivermos em comunhão com o planeta para prosperarmos.

Passados 13 anos, o cineasta nos leva novamente à Pandora em "Avatar: O Caminho da Água", a segunda parte de uma agora franquia cinematográfica que (por enquanto) tem um total de cinco longas-metragens planejados. A nova produção, que estreia hoje (15) exclusivamente nos cinemas, amplia alguns dos debates iniciados pela história original - e coloca um tempero "família" no enredo.

Falaremos mais de "Avatar 2" a seguir.

Pegando esse gancho, o Na Sua Tela desta semana elenca outros filmes que debatem e apresentam temáticas relativas ao nosso futuro e ao cuidado com o planeta. Tem de tudo: comédia, drama, aventura, documentário e, claro, ficção científica. A ideia é trazer uma reflexão para todos os gostos, fazendo o entretenimento não ser apenas um simples escapismo.

Falando nisso, há ainda dois outros lançamentos desta semana que provocam reflexão enquanto divertem. Um deles é "Bardo: Falsa Crônica de Algumas Verdade", do diretor Alejandro G. Iñárritu (vencedor do Oscar por "Birdman"); e "Filho da Mãe", documentário que faz uma bela homenagem a Paulo Gustavo.

O que tem de novo?

AVATAR: O CAMINHO DA ÁGUA

Avatar 2 - imagem - 20th Century Studios/Divulgação - 20th Century Studios/Divulgação
'Avatar' retorna com uma história que nos leva aos mares de Pandora
Imagem: 20th Century Studios/Divulgação

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  • Onde: Nos cinemas - clique para comprar ingresso
  • O que tem de bom: Poucos filmes representaram um passo tão grande na chamada sétima arte quanto o primeiro "Avatar", de 2009. Demorou, mas o diretor James Cameron retorna a esse universo com uma produção que busca mimetizar o mesmo impacto. Se a tecnologia não é mais surpreendente, o resultado na tela grande continua sendo belo - com um verdadeiro mergulho em um incrível universo ficcional. Dessa vez somos convidados a explorar o lado aquático de Pandora, embutindo uma mensagem de preservação de nossos mares e oceanos aqui na Terra. Em relação ao primeiro longa, há substancialmente mais ação, enquanto a mensagem pacifista se perde dentro de um enredo bélico. Por outro lado, Cameron vai fundo na representação da família e da união dos povos, superando suas diferenças. Somando tudo isso temos um filme longo (de 3h12 de duração) e que pode se tornar cansativo em certos momentos, mas que vale pela experiência imersiva e, principalmente, pelas reflexões que traz.
  • O que te faz sentir: ameaça, coragem
  • Extra direto do Splash: 13 anos no forno: ator de 'Avatar' esqueceu que voltaria para sequência
  • A opinião de Roberto Sadovski: "Não existe uma tomada sequer em 'O Caminho da Água' que não seja absolutamente surpreendente. Não existe, no cinema moderno, nenhum diretor operando no mesmo nível de Cameron quando o assunto é quebrar as barreiras da tecnologia e reescrever a maneira como ela é usada para contar uma história." (leia a crítica completa)

BARDO: FALSA CRÔNICA DE ALGUMAS VERDADES

Bardo - imagem - Divulgação/Netflix - Divulgação/Netflix
Em 'Bardo', Alejandro Iñárritu aborda suas próprias inseguranças e reflexões
Imagem: Divulgação/Netflix

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  • Onde: Amanhã (16) na Netflix
  • O que tem de bom: Seja na literatura ou no cinema, é comum que grandes nomes produzam obras que, de alguma forma, dialogam com a sua trajetória de vida. "Bardo" preenche justamente esse espaço na filmografia do cineasta Alejandro G. Iñárritu, vencedor do Oscar por "Birdman" e "O Regresso". O protagonista, Silverio Gama (Daniel Gimenéz Cacho), é uma versão ficcional do próprio Iñárritu - abordando de forma debochada suas próprias inseguranças, medos, críticas e reflexões. Enquanto faz isso, também tece um comentário social e histórico entre mexicanos e estadunidenses, e dentro até da própria sociedade do México. Com tantos temas, alguns podem passar longe da bolha do espectador, mas outros, como a perda de um filho e a relação paterna, ressoam de maneira quase universal. A forma que pode ser a maior barreira: o diretor muitas vezes usa planos longos em uma narrativa semilinear, enquanto mistura fantasia e realidade. Alguns vão amar, outros vão achar "muito artístico". Vale assistir e descobrir qual é o seu time.
  • O que te faz sentir: nostalgia, luto
  • A opinião de Roberto Sadovski: "Em 'Bardo: Falsa Crônica de Algumas Verdades' é o mexicano Alejandro González Iñárritu quem parece ter contas a ajustar com o passado. Ao usar um avatar menos óbvio, mesmo que nada sutil, o diretor reflete sobre o sucesso, a busca pela identidade, a história colonialista do México e um legado à sombra de sua mortalidade." (leia a crítica completa)

FILHO DA MÃE

Filho da Mãe - imagem - Divulgação/Amazon - Divulgação/Amazon
'Filho da Mãe' é uma emotiva imersão na vida - e legado - de Paulo Gustavo
Imagem: Divulgação/Amazon

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  • Onde: Amanhã (16) no Prime Video
  • O que tem de bom: Paulo Gustavo é um dos grandes nomes do humor nacional - e o seu legado vive neste novo documentário do Prime Video. Originalmente, este era para ser apenas um making of da peça homônima do comediante, encenada ao lado da mãe, Déa Lúcia (a grande inspiração para a criação da personagem dona Hermínia). No entanto, a precoce morte de Gustavo em 2021, vítima da Covid-19, ressignificou esses registros. Dessa forma, "Filho da Mãe" se transforma em misto de relato da trajetória de Paulo Gustavo com a oportunidade de vê-lo criando humor a partir do cotidiano e da bela relação com dona Déa, que merece também todas as homenagens. Mais do que isso: podemos ver as principais qualidades do ator, produtor e roteirista, incluindo o seu enorme coração.
  • O que te faz sentir: saudade, alegria
  • Leia também: 'Tristeza e dor': mãe e viúvo contam bastidores de doc de Paulo Gustavo

Não é só Pandora que está em perigo

Qual é a linha que delimita a verdade da ficção? E qual é o limite entre o entretenimento e a reflexão? No cinema sempre existiu uma área cinzenta, com o divertimento diversas vezes sendo utilizado para nos apresentar alguma ideia - e com produções sérias, documentais, utilizando ferramentas do entretenimento para suavizar a sua mensagem ou causar impacto.

Por diversos motivos, o primeiro "Avatar" ocupa o panteão desse cinema de protesto. Afinal, esse é um sucesso comercial gigantesco, a maior bilheteria da história da sétima arte - com, até aqui, quase US$ 3 bilhões em todo o mundo. Tudo isso enquanto levanta a bola para diversas críticas ambientais.

Mas ele não é o único: são inúmeros os longas que abordam temas do nosso dia a dia, de forma fantástica ou não, enquanto buscam nos alertar sobre os danos que causamos à Terra.

A seguir você encontra uma curadoria com alguns desses filmes, dos mais diversos gêneros e disponíveis nas plataformas de streaming. Todos eles, de alguma forma, para te mostrar que Pandora existe - e não fica do outro lado do universo.


AVATAR

Avatar - imagem - Divulgação/20th Century Studios - Divulgação/20th Century Studios
Revolucionário, o primeiro 'Avatar' tem também uma mensagem ecológica
Imagem: Divulgação/20th Century Studios

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  • Onde: Disney+
  • O que tem de bom: A essa altura você já conhece todos os feitos de "Avatar" (2009). O longa de James Cameron representou um grande salto tecnológico para o cinema, com uma inovadora técnica de captura de movimento dos atores para criar os incríveis Na'vi e toda a atmosfera de Pandora. Há, também, diversos comentários (alguns mais sérios, outros nem tanto) comparando a história com a de "Pocahontas". Acontece que o filme é mais do que isso: Cameron não tem vergonha em deixar clara a sua inspiração em diversas outras narrativas, de "John Carter" a "Princesa Mononoke". Tudo isso para criar um mundo fantástico, que busca nos inspirar e evocar a comunhão entre os seres vivos e o ecossistema. Do outro lado temos a ganância humana, que não quer entender esse equilíbrio e pensa apenas em lucro rápido. Ainda que ingênuo em alguns sentidos, tudo isso é uma grande metáfora para a nossa trajetória na Terra. Um filme para entreter, mas que também faz necessário perceber que, no final de tudo, não é sobre os Na'vi e Pandora. É sobre nós. É sobre a Terra.
  • O que te faz sentir: empolgação, ameaça


FREE WILLY

Free Willy - imagem - Divulgação/Warner Bros.  - Divulgação/Warner Bros.
A orca Keiko, grande estrela de 'Free Willy'
Imagem: Divulgação/Warner Bros.

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  • Onde: HBO Max
  • O que tem de bom: Em sua mensagem de preservação da vida marinha, o novo "Avatar" lembra muito um clássico do cinema dos anos 1990: "Free Willy" (1993). A história é simples, mas efetiva: uma orca, Willy, é capturada e passa a viver em um parque aquático em Portland, Oregon. Lá ela conhece Jesse (Jason James Richter), um garoto de 12 anos que invadiu o aquário para cometer vandalismos. Obrigado a prestar serviço comunitário no mesmo local, Jesse cria um enorme laço de amizade com o amigo aquático e faz uma promessa: libertá-lo. Sucesso adolescente na época, "Free Willy" ainda nos brindou com a inesquecível música "Will You Be There", de Michael Jackson.
  • O que te faz sentir: coragem, amor


O PREÇO DA VERDADE

O Preço da Verdade - imagem - Divulgação/Paris Filmes - Divulgação/Paris Filmes
Mark Ruffalo em 'O Preço da Verdade'
Imagem: Divulgação/Paris Filmes

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  • Onde: Telecine
  • O que tem de bom: Dramas de tribunal sempre rendem bons filmes - e "O Preço da Verdade" (2019) mescla isso a uma mensagem ambiental. O roteiro é a adaptação de um caso real, da luta do ativista e advogado Robert Bilott contra a DuPont - que contaminou com químicos as águas da cidade de Cincinnati, Ohio. Dirigido por Todd Haynes (de "Carol"), este é um daqueles longas que nos faz refletir sobre a falta de escrúpulos das grandes corporações, o impacto de suas ações em nossas vidas e, principalmente, a necessidade de um Poder Judiciário atuante para trazer um equilíbrio de forças, fazendo a lei ser cumprida. O elenco conta com Mark Ruffalo no papel de Bilott, além de nomes como Anne Hathaway, Tim Robbins, Bill Pullman e Bill Camp.
  • O que te faz sentir: ceticismo, amargura


UMA VERDADE INCONVENIENTE

Uma Verdade Inconveniente - imagem - Divulgação/Paramount Pictures - Divulgação/Paramount Pictures
Al Gore apresenta 'Uma Verdade Inconveniente'
Imagem: Divulgação/Paramount Pictures

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  • Onde: para aluguel ou compra em Claro tv+, Apple TV, Google Play e YouTube
  • O que tem de bom: Al Gore, ex-vice-presidente dos EUA, dedicou grande parte de sua carreira política ao combate contra o aquecimento global. "Uma Verdade Inconveniente" (2006) pode ser considerado como uma versão cinematográfica de uma grande apresentação de slides, na qual o diretor Davis Guggenheim consegue dar o peso e a dimensão de todas as denúncias feitas pelo político - criando um documentário denso e difícil, porém sensível e reflexivo. De certa forma, é um relato que tenta evitar aquilo que ocorreu no futuro de "Avatar": a quase que inteira destruição da flora e da fauna da Terra. Por seu peso, formato e importância, a produção venceu o Oscar de Melhor Documentário em 2007.
  • O que te faz sentir: fragilidade, ansiedade


WALL-E

Wall-E - imagem - Divulgação/Disney - Divulgação/Disney
'Wall-E' é uma inusitada história de amor que tem como base o nosso insucesso enquanto humanidade
Imagem: Divulgação/Disney

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  • Onde: Disney+
  • O que tem de bom: Em "Avatar: O Caminho da Água" descobrimos que a exploração de Pandora não é mais apenas sobre os recursos naturais do satélite natural, mas também sobre o futuro da humanidade - afinal, a Terra está condenada. "Wall-E" (2008) explora uma temática parecida, mas de forma lúdica. Na animação da Disney e da Pixar, matamos o nosso planeta e viajamos ao espaço para encontrar um novo lar. Enquanto isso, a Terra ficou para o lixo, as baratas e para os robôs responsáveis pela limpeza. É quando começa uma inusitada (e encantadora) história de amor, que nos faz rir, chorar e se preocupar na mesma medida. Perfeito para assistir com os pequenos.
  • O que te faz sentir: amor, carinho

ERIN BROCKOVICH: UMA MULHER DE TALENTO

Erin Brockovich - imagem - Divulgação/Columbia Pictures - Divulgação/Columbia Pictures
Julia Roberts venceu o Oscar de Melhor Atriz por 'Erin Brockovich'
Imagem: Divulgação/Columbia Pictures

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  • Onde: HBO Max
  • O que tem de bom: "Erin Brockovich" (2000) guarda muitas similaridades com o já mencionado "O Preço da Verdade". Ambos são baseados em histórias reais sobre advogados que lutam contra a contaminação do meio-ambiente. A diferença, aqui, é que o longa dirigido por Steven Soderbergh (de "Sexo, Mentiras e Videotape") é mais divertido e tem um enredo pé no chão, próximo do dia a dia do espectador, além de ser estrelado por uma Julia Roberts em seu auge. Aqui a atriz interpreta a personagem-título, uma mãe solo que passa a trabalhar em um escritório de advocacia - e dá de cara com uma grande denúncia de contaminação contra a companhia local de energia e gás. Julia venceu o Oscar por sua atuação.
  • O que te faz sentir: admiração, repulsa


A QUALQUER PREÇO

A Qualquer Preço - imagem - Divulgação/Paramount Home Entertainment - Divulgação/Paramount Home Entertainment
'A Qualquer Preço' é um típico exemplo de filme de tribunal dos anos 1990
Imagem: Divulgação/Paramount Home Entertainment

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  • Onde: grátis na Pluto TV
  • O que tem de bom: O que acontece quando John Travolta, Robert Duvall, Tony Shalhoub, John Lithgow, Sydney Pollack e James Gandolfini se juntam em um longa-metragem? O interessante "A Qualquer Preço" (1998). Também baseado em um relato real, a história é sobre Jan Schlichtmann (Travolta), um advogado inescrupuloso famoso por fazer acordos polpudos. Porém, tudo muda quando ele é contratado para buscar justiça contra uma grande corporação que, ao contaminar o abastecimento de água, causou diversos casos de leucemia e de mortes entre crianças.
  • O que te faz sentir: repulsa, temor


EXPRESSO DO AMANHÃ

Expresso do Amanhã - imagem - Divulgação/PlayArte - Divulgação/PlayArte
Chris Evans lidera uma revolução em 'Expresso do Amanhã', filme do mesmo diretor de 'Parasita'
Imagem: Divulgação/PlayArte

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  • Onde: Looke, Canais Prime Video
  • O que tem de bom: Muito antes de "Parasita", o diretor sul-coreano Bong Joon-ho já havia demonstrado ser uma das mais poderosas vozes do cinema mundial. Em "Expresso do Amanhã" (2013) o cineasta faz algo quase genial. O roteiro se passa em um futuro pós-apocalíptico, onde o aquecimento global levou a Terra ao caos e ao fim de nossa estrutura social. Em uma espécie de nova Era do Gelo, o que sobrou da humanidade sobrevive em um enorme trem que circula pelo globo. Há uma enorme segregação social entre classes, mas um homem - interpretado por Chris Evans, o Capitão América da Marvel Studios - passa a liderar a revolta. O elenco ainda conta com nomes famosíssimos como Ed Harris, John Hurt, Tilda Swinton, Jamie Bell e Octavia Spencer. Um filme de ação espetacular.
  • O que te faz sentir: coragem, raiva


JORNADA NAS ESTRELAS IV: A VOLTA PARA CASA

Jornada nas Estrelas IV - imagem - Reprodução/Paramount Pictures - Reprodução/Paramount Pictures
'Jornada nas Estrelas IV' tem um curioso enredo ecológico na São Francisco dos anos 1980
Imagem: Reprodução/Paramount Pictures

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  • Onde: UOL Play, Paramount+; grátis na Pluto TV
  • O que tem de bom: Juntar ficção científica e grandes animais marinhos não é novidade, não: "Star Trek" já esteve lá. Em "Jornada nas Estrelas IV: A Volta Para Casa" (1986), a clássica tripulação formada por capitão Kirk, sr. Spock e dr. McCoy vê a Terra sendo atacada por uma força alienígena em busca de seres vivos há muito extintos no nosso futuro: as baleias jubarte. Sem alternativa, eles retornam aos anos 1980 para tentar capturar um exemplar do animal que possa ser transportado para 2286. Uma aventura fora da curva na franquia, mas que rende um longa-metragem divertido e com uma ótima mensagem de preservação. Com essa ajudinha do cinema, a iniciativa deu certo: quase extintas na época da produção, hoje as jubartes são consideradas em estado de conservação - ou seja, ainda sob ameaça, mas em um situação muito melhor do que a do passado.
  • O que te faz sentir: inspiração, coragem


BLACKFISH: FÚRIA ANIMAL

Blackfish - imagem - Divulgação/NBCUniversal - Divulgação/NBCUniversal
'Blackfish' é um dos documentários mais controvertidos dos anos 2010
Imagem: Divulgação/NBCUniversal

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  • Onde: para aluguel ou compra em Loja Prime Video, Apple TV, Google Play, YouTube, Claro tv+
  • O que tem de bom: Outro filme desta seleção que, direta ou indiretamente, deve ter influenciado o novo roteiro de James Cameron. O polêmico "Blackfish: Fúria Animal" (2013) retrata a história da orca Tilikum, na época mantida em cativeiro no SeaWorld da Flórida e que esteve envolvida nas mortes de três pessoas. Para a diretora americana-brasileira Gabriela Cowperthwaite, o comportamento agressivo foi reflexo da forma como esses animais eram tratados em parques e aquários - algo negado pelo SeaWorld. Dessa forma, o documentário escancara essas práticas, em formato de denúncia.
  • O que te faz sentir: tristeza, decepção


HOTEL RUANDA

Hotel Ruanda - imagem - Divulgação/MGM - Divulgação/MGM
Don Cheadle, o Máquina de Combate dos filmes da Marvel, é o protagonista de 'Hotel Ruanda'
Imagem: Divulgação/MGM

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  • Onde: Prime Video
  • O que tem de bom: De certa forma, é possível traçar um paralelo entre as ações de exploração de Pandora com algo muito real do nosso passado recente na Terra: o neocolonialismo. Em ambos os casos, uma força estrangeira busca explorar ao máximo o território de uma outra população, quase sempre em busca de uma matéria prima, subjugando-a no processo. "Hotel Ruanda" (2004) é um filme que traz essa temática para algo mais real, com um roteiro baseado no Genocídio de Ruanda, que aconteceu em 1994. Estrelado por Don Cheadle, Joaquin Phoenix e Nick Nolte, o longa aborda as tensões de Ruanda deixadas após as décadas de exploração estrangeira - explodindo em uma guerra civil.
  • O que te faz sentir: amargura, desapontamento


Menção honrosa para 'Nas Montanhas dos Gorilas'. Também estrelado por Sigourney Weaver, o filme adapta a história real da naturalista Dian Fossey. A pesquisadora tem uma trajetória que guarda similaridades com a personagem da atriz no primeiro "Avatar". Infelizmente, o longa não está disponível no streaming. Com sorte, você pode encontrá-lo em mídia física.

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