Companhia deve pagar tratamento de modelo barrada em voo 'por ser gorda'
Nesta terça-feira, a Justiça de São Paulo determinou que a Qatar Airways deve pagar o tratamento psicológico da modelo plus size Juliana Nehme, que foi vítima de gordofobia e impedida de viajar pela companhia aérea por ser "gorda demais".
A companhia aérea deverá pagar por um ano o tratamento da influenciadora, com sessões de terapia no valor de R$ 400 cada. A medida é válida a partir de janeiro de 2023 e cabe recurso.
A informação foi confirmada por Splash com o advogado da influenciadora, Eduardo Barbosa Lemos.
"É importante destacar que, na luta contra gordofobia, é uma importante vitória, mesmo sendo uma liminar", informou o advogado à reportagem.
O que aconteceu com Juliana Nehme
No dia 23 de novembro, Juliana Nehme usou suas redes sociais para desabafar sobre o preconceito que sofreu no Líbano, enquanto esperava para voltar ao Brasil. Segundo a influenciadora, a Qatar Airways a impediu de retornar no voo com destino a São Paulo devido ao seu peso.
"A aeromoça da Qatar disse que eu não posso embarcar porque eu sou muito gorda e não tenho direito a essa passagem. Estou eu, a minha mãe, a minha irmã e meu sobrinho, nós pagamos 4 mil dólares (cerca de R$ 21 mil) por essas passagens. Agora, ela simplesmente se nega a dar as passagens e a me deixar embarcar no voo para Doha e de lá para São Paulo porque sou gorda", relatou.
Em entrevista ao "Fantástico", a modelo plus size ressaltou que, para a companhia aérea, ela era uma espécie de "monstro gordo".
"Para eles, era como se eu não fosse um ser humano. Eu era um monstro gordo, que não podia embarcar no avião deles. Eu não estava pedindo esmola, eu paguei para ir para casa", pontuou no programa da Globo.
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