Do jornalismo às novelas: a carreira da autora Maria Adelaide Amaral
Maria Adelaide Amaral não renovou o contrato com a TV Globo após 32 anos na emissora. Saiba mais sobre a dramaturga:
Portugal. Maria Adelaide Amaral nasceu em Portugal, em Alfena, no distrito de Porto. Aos 12 anos, a autora se mudou para o Brasil com a família.
Início no jornalismo. Começou escrevendo como redatora na Editora Abril, onde começou a trabalhar em 1970 e permaneceu até 1986. Formou-se em jornalismo na Faculdade Cásper Líbero em 1978.
Teatro. Estreou como autora de teatro em 1974, com a peça "Resistência", inspirada no corte de funcionários de uma empresa em São Paulo. Ao todo, escreveu mais de 14 obras para o teatro, entre as quais: "Tarsila", "Chiquinha Gonzaga", "Bodas de Papel", "De Braços Abertos" e "Querida Mamãe".
Livros. Seu primeiro romance, "Luísa - Quase uma História de Amor", foi vencedor do prêmio Jabuti de 1986. Escreveu também "Aos Meus Amigos", "Dercy de Cabo a Rabo", "O Bruxo" e o livro infantojuvenil "Coração Solitário".
TV Globo. Estreou na emissora em 1990, como colaboradora de Cassiano Gabus Mendes na novela "Meu Bem, Meu Mal". Seguiu como colaboradora até 1997, quando foi a autora principal do remake da novela "Anjo Mau".
Produções. A portuguesa é autora de muitas minisséries de sucesso da emissora. Entre elas: "A Muralha", "Os Maias", "A Casa das Sete Mulheres", "JK", "Queridos Amigos", "Dalva e Herivelto" e "Dercy de Verdade". Também foi a autora do remake de "Ti Ti Ti", "Sangue Bom" e "A Lei do Amor".
Academia Paulista de Letras. Em 2019, foi eleita para a APL, sucedendo o poeta Paulo Bomfim e assumindo a cadeira nº 35.
Novos projetos. Segundo Maurício Stycer, colunista do UOL, a dramaturga está desenvolvendo o roteiro de "Em Nome dos Pais". É uma adaptação do livro do jornalista Matheus Leitão sobre a história de seus pais, os jornalistas Marcelo Netto e Míriam Leitão, que foram presos e torturados pela ditadura militar.
Ela também pensa em escrever uma peça sobre Carlos Gomes e tem outros projetos para desenvolver para plataformas de streaming. Uma coisa ela tem certeza. "Não quero nunca mais na minha vida escrever novelas", disse a autora a Stycer.
Estou bem. Vivi o melhor momento da Globo. Não tinha mais aquela autonomia de propor. Estava claro que eu não tinha lugar lá. Maria Adelaide ao UOL
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