Erasmo, Gal Costa, Elza Soares: música brasileira perde grandes nomes
As mortes de Erasmo Carlos, Gal Costa, Rolando Boldrin e Elza Soares deixaram um vazio na música brasileira. Os músicos, cada um a seu estilo, época e referência, escreveram importantes capítulos na história cultural.
Erasmo morreu aos 81 anos, em decorrência de um quadro de paniculite complicada por sepse de origem cutânea, uma inflamação na pele, no dia 22 de novembro, no Rio de Janeiro. O artista vinha de um período de duas semanas internado no hospital Barra D'Or, com uma síndrome edemigênica.
Com 29 álbuns de estúdio, lançados entre 1965 e 2019, e cinco discos ao vivo, Erasmo Carlos foi um dos pioneiros do rock n' roll no Brasil, estilo musical que adotou desde o início da carreira influenciado por um de seus maiores ídolos, Elvis Presley.
Gal Costa
A morte de Gal, aos 77 anos, no dia 9 de novembro, pegou os fãs de surpresa. Ela estava com a agenda de shows suspensa após passar por uma cirurgia para a retirada de um nódulo na fossa nasal direita no final de setembro.
Com mais de 50 anos de carreira, foi responsável por eternizar músicas de compositores como Gil, Caetano, Luiz Melodia, Jards Macalé e Cazuza, além de trilhas de novelas da TV Globo, como "Modinha para Gabriela", na clássica "Gabriela" (1975) e "Tigresa" em "Espelho Mágico" (1977).
Após completar 70 anos, Gal se manteve ativa musicalmente e passou a gravar nomes da nova MPB. Com os álbuns "Estratosférica" (2015) e "A Pele Do Futuro" (2018), a artista conquistou um público mais jovem e voltou a ser requisitada em festivais pelo país.
Rolando Boldrin
Os brasileiros ainda tentavam entender a partida de Gal quando veio a confirmação da morte de Rolando Boldrin, aos 86 anos, no fim daquela tarde. O ator, cantor e apresentador de TV estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e não resistiu a uma insuficiência respiratória e renal.
Boldrin entrou para a história da cultura brasileira como um dos um dos grandes compositores, intérpretes e divulgadores da música brasileira "raiz". Ao seu site oficial, ele se definia como um "homem de muitos talentos e personalidade".
Elza Soares
Elza Soares cantou "até o fim", parafraseando o sucesso "A Mulher do Fim do Mundo". A artista morreu aos 91 anos, de causas naturais, dois dias após a gravação do DVD ao vivo no Theatro Municipal de São Paulo - o último trabalho da carreira.
Versando entre o samba, a MPB e até a Bossa Nova, Elza foi considerada pela BBC a "voz brasileira do milênio", em 1999. Ao longo da carreira, gravou mais de 100 discos (entre vinis, CDs e produtos digitais).
Com o projeto "A Mulher do Fim do Mundo", a artista ganhou um Grammy Latino na categoria "Melhor Álbum de Música Popular Brasileira". O disco seguinte, "Deus é Mulher", de 2018, também foi indicado na mesma categoria.
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