Além de 'Travessia', Globo acumula fracassos em novelas; relembre
A TV Globo é referência mundial quando o assunto é telenovela. Ao longo das últimas décadas, a emissora produziu diversos folhetins reconhecidos internacionalmente, com índices bastantes robustos de audiência.
Entretanto, nos últimos anos a Globo tem amargado fracassos em sua teledramaturgia, sobretudo no horário nobre, com novelas que ficaram bem aquém do esperado, e despencaram nos medidores de audiência.
O exemplo mais recente é a atual trama das 21h, "Travessia". Criada por Glória Perez, que se notabilizou por sua excelência na escrita de novelas, e dona de alguns dos maiores sucesso do canal neste século, a história de Brisa (Lucy Alves) e Chiara (Jade Picon), definitivamente não agradou o público. Como resultado, o folhetim despencou a audiência da Globo no horário, após o megassucesso que foi "Pantanal", sua antecessora.
Glória Perez não escondeu seu incômodo com as críticas à "Travessia" ou mesmo à audiência abaixo do normal para uma trama global em horário nobre, e rebateu internautas que ousaram falar mal de sua criação. Obviamente, isso não mudou o resultado e a novela, ainda no ar, continua sem decolar.
O Sétimo Guardião (2018)
Último trabalho inédito de Aguinaldo Silva na TV Globo, "O Sétimo Guardião" foi problemática antes meu de seu lançamento oficial, após o autor ser acusado de plágio. O imbróglio foi parar na Justiça e a emissora conseguiu autorização para colocar a trama no ar.
Estrelada por Marina Ruy Barbosa, José Loreto e Bruno Gagliasso, o fato é que o roteiro do folhetim não agradou os telespectadores e o resultado foi um desastre total nos índices de audiência.
Nos bastidores, mais problemas. Marina Ruy Barbosa e Lília Cabral se desentenderam durante as gravações. Caio Blat foi acusado de assédio por uma colega, o que ele negou enfaticamente: "notícia mentirosa, anônima, que me deixou indignado", rebateu.
Para completar, a polêmica separação de José Loreto e Débora Nascimento, com direito a escândalo de uma suposta traição por parte do ator. Posteriormente, ele pediu "perdão" à ex-esposa.
Babilônia (2015)
Assinada por Gilberto Braga, o principal motivo do fracasso de "Babilônia" foi o conservadorismo de parte da sociedade brasileira. A novela ousou exibir logo em seus primeiros capítulos um beijo lésbico entre as personagens de Fernanda Montenegro e Natália Timberg, que desencadeou uma onda de boicote por forças retrógradas e reacionárias.
Além disso, a Globo teve problemas com "Babilônia" porque, além de escolher a trama como vitrine para seu aniversário de 50 anos, e investir pesado na história, os telespectadores migraram para a RecordTV, que viu "Os Dez Mandamentos" crescer no ibope. Em compensação, a obra de Braga foi um dos maiores fracassos do horário nobre do canal.
A Lei do Amor (2016)
Habituada ao sucesso em outros horários da Globo, Maria Adelaide Amaral foi designada para seu primeiro folhetim das 21h em 2016 com "A Lei do Amor". Entretanto, ao contrário de seus trabalhos anteriores, a trama foi um fracasso.
Com um elenco de peso — Reynaldo Gianecchini, Cláudia Abreu, Humberto Carrão, Alice Wegman, Vera Holtz, entre outros —, o roteiro decepcionou, as histórias não caíram no gosto do público.
Ainda, um escândalo de bastidores fez mais sucesso que a própria novela: José Mayer foi acusado de assédio sexual pela figurista Su Tonani durante as gravações. Segundo Su, o ator passou a mão em sua genitália, sem consentimento, em um camarim. Como resultado, Mayer foi demitido da empresa.
Em Família (2014)
Última novela assinada por Manoel Carlos, "Em Família", protagonizada por Júlia Lemmertz, é outro fracasso de audiência da Globo nos últimos anos.
O roteiro de "Em Família", que contava a história de uma mãe e filha que se envolvem amorosamente com o mesmo homem, lembrou "Laços de Família" (2000), sucesso de Manoel Carlos. Sem novidades, a trama não emplacou no ibope.
Esperança (2002)
Benedito Ruy Barbosa tentou repetir o sucesso de "Terra Nostra" (1999) em "Esperança", mas a verdade é que a continuação da trama deu dor de cabeça para Globo, mesmo naquela época em que a emissora não tinha preocupações com o streaming para "roubar" a atenção do público.
Problemas de bastidores como acidentes envolvendo os protagonistas Reynaldo Gianecchini e Ana Paulo Arósio, somaram-se ao fato de Benedito precisar se afastar por problemas de saúde. Walcyr Carrasco foi escolhido para substituir o colega e conseguiu elevar a audiência, mas não a ponto de salvá-la por completo.
Bang Bang (2005)
A Globo selecionou um elenco de peso para "Bang Bang", trama exibida no horário das 19h, que propunha uma nova roupagem à teledramaturgia.
Estrelada por Fernanda Lima, a novela de Mário Prata, na verdade, amargou o fracasso. Prata foi afastado no primeiro mês de exibição, substituído por Carlos Lombardi. Contudo, o faroeste é considerado um dos maiores desastres da emissora carioca.
Tempos Modernos (2010)
A Globo propôs mais uma inovação ao abordar a tecnologia em "Tempos Modernos". Como resultado viu a audiência cair e a novela escrita por Bosco Brasil figura entre as produções mais toscas já exibidas pelo canal.
Com problemas de roteiro, o autor precisou alterar a história da vilã interpretada por Grazi Massafera e nem mesmo Antonio Fagundes conseguiu salvar a trama da rejeição do público.
Geração Brasil (2014)
Depois do sucesso estrondoso que foi "Cheias de Charme" (2012), os autores Filipe Miguel e Izabel de Oliveira retornaram ao horário das 19h com "Geração Brasil", com um elenco estelar: Murilo Benício, Renata Sorrah, Taís Araújo, entre outros.
A história, porém, não caiu no gosto popular e o que não sobraram foram críticas negativas do público e de especialistas. Insatisfeita com o desempenho, a Globo aproveitou o período de Copa do Mundo para, praticamente, "sumir" com a história do ar.
Além do Horizonte (2013)
Escrita por Carlos Gregório e Marcos Bernstein, "Além do Horizonte" trouxe para o horário das 19h uma atmosfera permeada por mistério e eventos sobrenaturais que desagradaram os telespectadores e a audiência despencou.
Os autores até mexeram no roteiro com algumas mudanças, deixando para trás os mistérios para apostar em uma história clichê, mas nem mesmo assim foi suficiente para atrair o público.
Negócio da China (2008)
Primeira novela protagonizada por Grazi Massafera, "Negócio da China", assinada por Miguel Falabella para o horário das 18h, derreteu a audiência do canal, com uma média geral de 20 pontos, considerado fraco para a Globo naquela época.
O folhetim teve problemas nos bastidores após o protagonista Fábio Assunção deixar o elenco um mês após a estreia por "problemas pessoais", segundo comunicou a emissora.
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