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The Voice: Lulu Santos pede pasta LGBTQIA+, e ministros de Lula respondem

Lulu Santos pediu a criação de uma secretaria LGBTQIA+ no governo do presidente Lula - Reprodução/Multishow
Lulu Santos pediu a criação de uma secretaria LGBTQIA+ no governo do presidente Lula Imagem: Reprodução/Multishow

Colaboração para Splash, em Maceió

28/12/2022 09h05

O cantor Lulu Santos, 69, pediu ao governo do presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que crie uma secretaria dedicada a cuidar de assuntos relacionados a comunidade LGBTQIA+, e foi respondido pelos futuros ministros da Justiça e dos Direitos Humanos, Flávio Dino e Silvio Almeida, respectivamente.

Durante a semifinal do "The Voice Brasil" (TV Globo), Lulu destacou que o Brasil "segue sendo o país que mais mata pessoas LGBTQIA+" e, por isso, precisa de uma secretaria especial para mudar esse cenário.

"Eu queria lembrar ao novo ministro da Justiça que o nosso país segue sendo o que mais mata pessoas LGBTQIA+. E que talvez nesse novo Ministério da Justiça coubesse uma secretaria para cuidar desse assunto", declarou o artista, ressaltando que essa realidade "envergonha a alma dos brasileiros".

Por meio de seu perfil no Twitter, Flávio Dino, que foi anunciado por Lula como ministro da Justiça, disse concordar com a proposta do cantor.

"Concordo com a proposta de Lulu Santos, apresentada no 'The Voice'. Vou dialogar com o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, a fim de que façamos um trabalho conjunto", afirmou.

Almeida, por sua vez, respondeu Dino e lembrou que já a secretaria LGBTQIA+ já está criada e ressaltou seu compromisso em "preservar a vida e a dignidade dessas pessoas".

"A secretaria LGBTQIA+ já está criada e consta no novo organograma do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, querido Lulu Santos. Eu e o ministro Flávio Dino estamos absolutamente compromissados com a preservação da vida e da dignidade das pessoas LGBTQIA+", declarou Silvio Almeida.

Violência. Segundo levantamento realizado pelo Observatório de Mortes e Violência contra LGBT no Brasil, divulgado em maio, o número de mortes de membros dessa comunidade cresceu no Brasil entre 2020 e 2021.

Em 2020, foram 237 mortes. Em 2021, 316. A principal causa da morte foi esfaqueamento, responsável por 28,8% dos óbitos, seguido por arma de fogo, com 26,27%, e espancamento, com 6,33%.