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Felipe Neto e dono da RedeTV batem boca por política: 'Idiotice ou má fé'

Felipe Neto e Marcelo de Carvalho bateram boca no Twitter - Reprodução
Felipe Neto e Marcelo de Carvalho bateram boca no Twitter Imagem: Reprodução

Colaboração para Splash, em Maceió

30/12/2022 17h46

O influenciador digital Felipe Neto, de 34 anos, e o apresentador Marcelo de Carvalho, de 61, um dos donos da RedeTV!, discutiram nas redes sociais por divergências políticas.

Carvalho, que é um ferrenho defensor do presidente Jair Bolsonaro (PL), criticou Neto, que apoiou o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em relação aos preços dos combustíveis.

Em seu perfil no Twitter, o youtuber ironizou o fato de bolsonaristas apontarem que os preços dos combustíveis vão aumentar logo no primeiro dia do novo governo de Lula, e destacou que Bolsonaro "usou manobras artificiais" para mitigar os valores da gasolina e do diesel durante o período eleitoral para tentar vencer o pleito.

"O melhor é ver bolsominion debochando que gasolina vai aumentar dia 1º por culpa do Lula. Bolsonaro usou manobras artificiais com data de término dia 1º para deixar o preço do combustível mais baixo nas eleições. Eles sabem disso, mas a canalhice e falta de caráter falam mais alto", postou o influenciador.

Marcelo de Carvalho rebateu Felipe Neto e questionou se o famoso agiu com "ignorância, idiotice ou má fé".

"Eu me pergunto se é ignorância, idiotice ou pura má fé alguém alegar que aumentar o imposto não gera aumento imediato no combustível, na cadeia toda, inflação, e impacto direto no custo de vida", escreveu o empresário.

Em seguida, Felipe Neto rebateu Carvalho e apontou que ele é incapaz até de fazer com que a RedeTV! consiga um ponto de audiência, quiçá entenderá de "alguma coisa".

"Você não consegue fazer a RedeTV! ter mais de um ponto de audiência, deve ser difícil mesmo entender alguma coisa", apontou o youtuber.

Haddad pediu tempo. Nesta semana, o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, para que nenhuma medida que impactasse a gestão de Lula fosse tomada na última semana do governo Bolsonaro.

A declaração de Haddad ocorreu após a pasta sinalizar que preparava uma medida provisória para prorrogar a isenção sobre combustíveis por até 90 dias.

Como é hoje? A legislação atual define que as alíquotas da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre os combustíveis fiquem zeradas até 31 de dezembro de 2022. A Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), sobre a gasolina, segue o mesmo prazo. As duas medidas foram adotadas pelo governo para baixar o preço dos combustíveis em ano eleitoral. O preço dos produtos disparou no início do ano com a guerra na Ucrânia.

No caso de reeleição de Bolsonaro, Guedes prorrogaria a isenção, para buscar junto ao Congresso a aprovação das mudanças no Imposto de Renda a fim de tornar possível a cobrança de tributos sobre lucros e dividendos. Isso pagaria R$ 17 bilhões em subsídios para combustíveis além de R$ 52 bilhões para o Auxílio Brasil.

Se nenhuma medida for tomada até o fim de dezembro, a cobrança dos impostos volta a partir de 1º de janeiro. "É uma preocupação, mas medidas que podem ser tomadas em janeiro não precisam ser tomadas de forma apressada agora. Nós vamos aguardar a nomeação do presidente da Petrobras", disse Haddad.