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Influencer preso por tráfico de pessoas e irmão têm 11 carros apreendidos

 Andrew Tate está preso desde o dia 29 de dezembro sob diversas acusações - Reprodução/Youtube
Andrew Tate está preso desde o dia 29 de dezembro sob diversas acusações Imagem: Reprodução/Youtube

Colaboração para Splash, no Rio de Janeiro

04/01/2023 12h32

A polícia romena apreendeu 11 carros de luxo do influenciador Andrew Tate e do irmão, Tristan, após prisão no final do mês de dezembro por suspeita de estupro e tráfico de pessoas.

De acordo com o site Insider, a apreensão dos carros foi confirmada por Ramona Bolla, porta-voz da agência de investigações DIICOT da Romênia.

Ramona afirmou que os veículos foram levados para "sustentar o custo da investigação" sobre o influenciador, além também de servir como garantia para financiar quaisquer pagamentos às supostas vítimas.

Ao site, a porta-voz da agência não conseguiu confirmar imediatamente as marcas e modelos dos carros. No entanto, a agência de notícias romena Gândul publicou fotos que mostravam os automóveis apreendidos.

Nas imagens, é possível ver um Rolls-Royce Wraith da linha Black Badge e um Aston Martin Vanquish S Ultimate. De acordo com um site de carros, o primeiro carro custa pelo menos US$ 300 mil (R$ 1,6 milhão), enquanto o segundo cerca de US$ 250 mil (R$ 1,3 milhão).

Ainda segundo a porta-voz da agência, a investigação trabalha para determinar se Tate financiou a compra dos carros através do tráfico humano.

Prisão

Tate, ex-atleta de kickboxing entre 2005 e 2016 e que se tornou empresário, foi preso com seu irmão e duas mulheres em 29 de dezembro. Ele estava foragido e foi encontrado pelas autoridades após postar um vídeo provocando a ativista ambiental Greta Thunberg, 19.

No ano em que se aposentou do esporte entrou para a versão britânica do reality "Big Brother". Durante sua participação no programa, suas postagens racistas e homofóbicas viralizaram nas redes sociais.

Ele acabou expulso do reality após a divulgação de um vídeo dele agredindo uma mulher com um cinto — depois, Tate e a mulher no vídeo afirmaram que o ato foi consensual.

Desde então, Andrew Tate usa suas opiniões misóginas para se promover. Em 2017, durante os desdobramentos do movimento Me Too, ele viralizou ao postar no Twitter que mulheres estupradas devem "assumir a responsabilidade" pela violência sofrida, e defendeu que mulheres não devem dirigir ou trabalhar.

Ele foi banido de diversas redes sociais por violar os termos de uso.

Até hoje, Andrew Tate vende cursos para homens sobre como enriquecer e atrair mulheres. Neste ano, suas opiniões viralizaram nas redes sociais e transformaram o influenciador em piada, mas também garantiram sua fama com o público jovem: o jornal The Guardian criou um perfil fictício de um menino adolescente nas redes sociais e passou a receber diversos anúncios para seus conteúdos.

Além de tráfico de pessoas e estupro, ele também é acusado de violência doméstica. Tate nega as acusações e já chamou uma das mulheres que o denunciaram de "v*dia burra". Em um vídeo postado no YouTube, ele afirma que um dos motivos pelos quais se mudou para a Romênia foi para não ser investigado por estupro: "Eu não sou um estuprador, mas gosto da ideia de poder fazer o que eu quiser. Eu gosto de ser livre".