'The Last of Us' quer fugir de ser um outro 'The Walking Dead'. É possível?
Dos filmes de George A. Romero a "The Walking Dead", histórias de zumbis no cinema e na TV já passaram por muitas roupagens. Com a adaptação de "The Last of Us", a HBO quer apresentar algo novo — enquanto honra o sucesso dos jogos da Naughty Dog.
A nova série de fantasia estreia no dia 15 de janeiro, e conta a história de Joel (Pedro Pascal) e Ellie (Bella Ramsey), que se unem de forma improvável em uma realidade pós-apocalíptica. Os jogos nos quais é baseada estão entre os mais celebrados da indústria do game.
Para o diretor Craig Mazin, alçado ao sucesso depois da multipremiada "Chernobyl" (2019), tudo está na história. Embora o salto entre sua minissérie anterior e o projeto atual pareça muito distante, ele acredita que os desafios e os segredos de uma boa execução se assemelham.
"Não escolho projetos baseado no assunto que abordam. Escolho as coisas que eu amo", conta, em entrevista a Splash.
"Depois de 'Chernobyl', conversei com Casey Bloys [diretor e CEO da HBO e da HBO Max], e disse: 'Vocês querem que eu faça mais séries? O que vocês querem?' E ele me disse que eles queriam o que me fizesse levitar. Nada me fazia levitar, até que recebi uma ligação dizendo que 'The Last of Us' seria uma possibilidade. Então, eu saí do chão."
Novo mundo
Dois desafios são gigantes quando falamos da adaptação de "The Last of Us" para a TV e o streaming em 2023.
Primeiro, há uma exaustão do formato. Quantas adaptações de videogames já não se tornaram grandes fracassos nos últimos anos? Segundo, há um ceticismo do gênero. Será que realmente é possível criar empolgação com tramas de zumbis depois de tantas tentativas de reinventar esse tipo de história?
Em resumo: é possível convencer o público de que não estamos falando de "outra The Walking Dead"?
Neste sentido, há ainda um adicional de dificuldade: a reputação de "The Last of Us" entre os apaixonados por games faz com que o desafio seja ainda maior. Errar a mão com essa história, para muitos fãs, seria algo imperdoável.
"Conseguimos construir tudo do zero. Escolhemos ao longo do caminho o que queríamos replicar, onde queríamos ajustar e onde queríamos criar algo inteiramente novo", explica Mazin, garantindo que haverá algo para os fãs assíduos e para o espectador que ainda vai conhecer a jornada de Joel e Ellie.
Para além de um drama de sobrevivência, o essencial de "The Last of Us" é a dinâmica entre os dois protagonistas. A relação, relutante, entre um pai que perdeu a filha e uma garota solitária que perdeu os pais é o coração da história. Os arredores até podem ser ajustados, mas um detalhe é primordial: entender quem é Joel para Ellie, e quem é Ellie para Joel.
"Em todas as circunstâncias, precisávamos tomar decisões a todo momento", continua o diretor.
Às vezes, essas decisões são baseadas nas limitações do mundo em que existimos. Algumas coisas são difíceis de se fazer na TV e mais fáceis no game. Outras são mais fáceis de executar na realidade do que no vídeo.
"Por isso, foi muito interessante ver como precisávamos nos ajustar. O mais divertido foi trabalhar com Neil para entender onde tínhamos que adaptar as coisas, e não necessariamente mudá-las. Descobrir a melhor maneira de manter e transportar o espírito e a alma [do jogo]."
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