Daniela Lima, da CNN, rebate deputado que legitimou ataques em Brasília

Daniela Lima, da CNN, interrompeu ao vivo o deputado e ex-líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR).

Na conversa, Barros afirmou que a confiança da população nas urnas eletrônicas foi imposta por Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A entrevista aconteceu enquanto o ataque terrorista acontecia em Brasília.

Relacionadas

Ex-BBB que incitou ato terrorista ameaça Barroso: 'Não perde por esperar'

Danilo Gentili condena ato bolsonarista e alfineta: 'O mito tá na Disney'

Huck condena ataques terroristas e pede 'respeito ao estado democrático'

• Durante o dia, terroristas bolsonaristas invadiram e depredaram o Congresso, Planalto e STF.
• Quebraram a vidraça do Salão Nobre do Congresso e conseguiram entrar.
• Um grupo se dirigiu ao Palácio do Planalto e invadiu o prédio. Policiais formaram uma barreira para impedir acesso ao interior do edifício, de onde despacham o presidente da República e vários ministros.

Não foi só isso, antes o deputado já havia disparado críticas ao ministro da Justiça, Flávio Dino. Para ele, o ministro sabia das articulações bolsonaristas para invasão do Congresso, mas não atuou com responsabilidade para barrar os atos de vandalismo.

Repúdio: Apesar de ter repudiado o vandalismo no Palácio do Planalto e no Supremo Tribunal Federal, Barros disse que as manifestações, sem depredações, eram legítimas.

• Ele disse que, "as pessoas que estão ali estão de cara limpa, porque elas acham que as eleições foram roubadas."
• Acusou Moraes de proibir jornalistas e parlamentares de criticarem as urnas eletrônicas, o que, para ele, fez com que os cidadãos não confiassem nos resultados.

Foi quando Daniela o interrompeu e rebateu ser irresponsabilidade do parlamentar colocar em questionamento à confiança nas urnas.

Deputado, não, eu peço desculpas. Deputado, eu vou interromper, sabe por quê? Esse discurso que o senhor traz aí, de 'impor a confiança na urna', a confiança na urna ela é imposta pelos fatos, deputado. A irresponsabilidade retórica, gente que o senhor chama de jornalista e pedia guerra civil. Jornalista deputado, perdão, somos eu, são meus colegas, que estamos na rua, muitos deles apanhando dos homens de bem, pessoas de família que você veio defender. Daniela Lima

Ela ainda completou: "No dia de hoje, diante desse cenário de terra arrasada, do Supremo Tribunal Federal depredado, do seu Congresso Nacional depredado, do Palácio do Planalto depredado, de um governador que não conseguiu lidar, reverberar esse tipo de discurso, que levou essas pessoas a loucura deputado, é questionável."