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'Não vamos esquecer': Talibã responde após Harry afirmar que matou 25

Príncipe Harry serviu ao Exército britânico - Getty Images — Príncipe Harry serviu ao Exército britânico Imagem: Getty Images

De Splash, em São Paulo

08/01/2023 09h55

Após o príncipe Harry contar em seu livro de memórias que matou 25 pessoas enquanto servia ao Exército britânico no Afeganistão, líderes do Talibã responderam.

Harry afirma que os soldados foram instruídos a não ver os membros do Talibã como pessoas, segundo o jornal The Telegraph.
Ele diz que "não está orgulhoso nem envergonhado" pelo ocorrido.
Harry serviu como controlador aéreo avançado no Exército Real Britânico entre 2007 e 2008
Ele pilotou o helicóptero de ataque entre 2012 e 2013, informou a Al Jazeera.

Revelações geraram críticas. Anas Haqqani, um dos líderes do movimento, reforçou que as pessoas que Harry afirma ter matado eram, sim, humanos.

"Eles não eram peças de xadrez, eram humanos; eles tinham famílias que estavam esperando pelo retorno. Entre os assassinos de afegãos, muitos não têm sua decência de confessar seus crimes de guerra."

"O país não vai esquecer". É o que diz o porta-voz do governo Talibã, Bilal Karimi.

"As confissões recentes do príncipe Harry, que matou brutalmente 25 de nossos homens durante sua missão no Afeganistão, mostram que esses crimes não estão limitados a Harry, mas a todos que ocupam nosso país. É triste que os países ocidentais se considerem defensores dos direitos humanos, mas essa é a realidade de seus atos. O Afeganistão, como nação muçulmana, não vai esquecer desses atos e sempre defenderá sua terra."

Britânicos também abrem o jogo. Um ex-membro da Marinha britânica, Ben McBean, que perdeu dois membros na guerra, diz que o príncipe precisa "calar a boca".

"Eu te amo, príncipe Harry, mas você precisa calar a boca. Isso faz a gente questionar com quem ele está andando. Se fossem pessoas boas, alguém já teria dito que ele precisa parar."