Margareth fala em devastação e contabiliza danos após atos golpistas no DF
A ministra da Cultura Margereth Menezes afirmou que o patrimônio histórico e cultural do país foi "barbaramente atacado" após os atos de vandalismo praticados por extremistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ontem, em Brasília.
Margareth falou em um cenário de devastação e disse que parte do patrimônio material e imaterial do Brasil "foi destruído". Ainda, a ministra destacou que, a pedidos do presidente Lula (PT), ela determinou a contabilização dos danos à cultura após a invasão.
"O patrimônio histórico material e imaterial do Brasil foi barbaramente atacado e em parte destruído neste dia 8 de janeiro, em Brasília, como é de amplo conhecimento público", iniciou ela nas redes sociais.
"Em atinência às determinações do presidente Lula, determinamos a imediata diligência do Iphan (Instituto Nacional do Patrimônio Histórico) nas atribuições que cabem ao órgão, para avaliação e informação da destruição cometida nos prédios do Palácio do Planalto, Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e demais espaços tombados", prosseguiu.
Por fim, Margareth Menezes afirmou que o mundo assiste "estarrecido" o ocorrido no país, e fala em "terrorismo" praticado pela "extrema direita contra o estado democrático brasileiro".
"A dilapidação do patrimônio público e da consciência livre do nosso povo não será tolerada. Os culpados serão identificados e rigorosamente punidos na forma da lei", completou a ministra.
Obra de Di Cavalcanti é destruída. Em meio ao cenário de caos provocado por bolsonaristas, que depredaram os prédios do Congresso, do Planalto e do STF, algumas obras de arte e outros itens culturais danificados.
Entre elas, a tela "Mulatas", do artista plástico brasileiro Di Cavalcanti. Ela foi rasgada em ao menos três lugares diferentes. O painel estava exposto em um dos salões do Palácio do Planalto.
Ainda no Planalto, poltronas foram colocadas para o lado de fora, vitrais quebrados, móveis destruídos e outras obras de arte depredadas.
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