Ministério Público vai investigar se Jovem Pan 'incitou' atos golpistas
O Ministério Público Federal abriu uma investigação sobre a conduta do grupo Jovem Pan na cobertura dos atos golpistas de ontem em Brasília. Em nota, a Procuradoria afirma que a empresa "tem veiculado sistematicamente fake news e discursos que atentam contra a ordem institucional" e cita especificamente a transmissão feita durante a invasão criminosa aos prédios do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.
O foco da investigação será a veiculação de notícias falsas e comentários abusivos pela emissora, sobretudo contra os Poderes constituídos e a organização dos processos democráticos do país. Ministério Público Federal - SP
Splash procurou a Jovem Pan através do seu departamento de comunicação, que não se manifestou até a publicação desta nota. Caso o faça, o posicionamento será incluído.
Três comentaristas são citados nominalmente: Alexandre Garcia, Paulo Figueiredo e Fernando Capez. O MPF cita falas proferidas durante a cobertura dos atos para embasar a tese de que a Jovem Pan veiculou falas que "minimizaram o teor de ruptura institucional dos atos e tentaram justificar as motivações dos criminosos que invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes".
Procuradoria afirma que ilegalidades viriam desde o ano passado. Três episódios são citados. Em 14 de novembro, o comentarista Rodrigo Constantino desacreditou, segundo o MPF, o resultado das eleições, que atribuiu a um "malabarismo do Supremo". Em 21 de dezembro, Zoe Martinez defendeu "que as Forças Armadas destituíssem os ministros do STF". E no dia seguinte, Paulo Figueiredo defendeu "então que tenha uma guerra civil".
MPF faz uma série de exigências à Jovem Pan. Entre elas:
- Informações detalhadas sobre a programação
- Dados pessoais dos apresentadores e comentaristas dos programas
- Que não faça a exclusão de nenhum vídeo atualmente no ar.
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