Polícia na Globo, pedofilia, zoofilia e AVC: as maiores polêmicas do BBB
Prestes a estrear sua vigésima terceira edição, o Big Brother Brasil (Globo) acumula algumas belas polêmicas no decorrer de suas temporadas.
De acusações de pedofilia e zoofilia a participante que sofreu AVC (acidente vascular cerebral) dentro da hidromassagem e a polícia indo aos estúdios da Globo para apreender passaporte de um confinado, o reality show tem algumas histórias surpreendentes que valem a pena rememorar.
Splash, claro, conta tudinho!
Participante preso por pedofilia
Escalado para integrar o elenco do BBB 16, Laércio de Moura gerou polêmica ao admitir ter o hábito de se relacionar com mulheres mais novas, algumas, inclusive, menores de idade.
"Só aparecem novinha mesmo, tipo, 17, 18, 20 [anos]", declarou o paranaense, que chegou a ser chamado de pedófilo pela colega de confinamento Ana Paula Renault. Moura foi eliminado em um paredão contra a mineira.
Após as declarações de Laércio, a Justiça abriu investigação para apurar os fatos. Em maio daquele mesmo ano, o ex-participante foi preso acusado de ter oferecido bebida alcoólica e de ter abusado de uma adolescente de 13 anos.
Laércio foi condenado a 12 anos de prisão por estupro de vulnerável e cumpre pena na Casa de Custódia de Curitiba, no Paraná.
'Atravessei uma afrodescendente'
Outra declaração polêmica e alvo da Justiça foi dada pelo ex-brother Cássio Lannes, do BBB 14.
Na ocasião, o gaúcho relatou, durante uma conversa com a humorista Tatá Werneck, que fez uma participação especial naquela edição com a personagem Valdirene, da novela "Amor à Vida" (Globo, 2013), que respondia a um processo criminal acusado de assassinato por ter "atravessado uma afrodescendente" em um ato sexual.
Cássio: "Eu sei que tu [Tatá] é muito baixinha. O que tu acha de um homem de verdade que tem 1,97m de altura".
Tatá: "Uma amiga minha veio a óbito já".
Cássio: "Aconteceu comigo. Eu tô respondendo um processo. É sério, não ri, de verdade. Eu tô respondendo um processo até hoje, por assassinato, entende? Olha para mim e não ri. Tu acha engraçado, mas eu acho triste. Eu quase não entrei na casa por causa do processo. Eu falo nega, nego, porque é a que eu atravessei... que eu... desculpa. Sério. Ela era afrodescendente. E eu acho que assim, uma afrodescendente costuma se relacionar com? Com afrodescendentes. E eu pensei: pô, aguenta tudo. E eu atravessei. E eu até hoje sou acusado de assassinato, entende?"
Tatá: "Eu acho que ele está bêbado!"
À época, os familiares de Cássio classificaram o episódio como "uma brincadeira idiota" e o chamaram de "sem noção" por falar "aquela bobagem que parecia ser uma parada séria".
O MPF-RJ (Ministério Público Federal do Rio de Janeiro) chegou a receber uma representação para apurar o caso sob acusação de racismo, mas Cássio Lannes não foi punido.
Marcos Harter
Um dos participantes mais polêmicos de todo o reality, o médico Marcos Harter foi acusado de ter agredido fisicamente Emilly Araújo, com quem ele se envolveu no confinamento.
Conforme foi mostrado pela emissora, Harter beliscou e pressionou Emilly contra a parede, deixando alguns hematomas. A ex-sister, que foi a campeã daquela temporada, chegou a reclamar com a produção do programa sobre o ocorrido.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu um inquérito para investigar o ex-brother e a Globo optou por expulsá-lo da competição. Ele chegou a ser proibido de praticar medicina por seis meses, mas acabou sendo inocentado.
Daniel Echaniz
Daniel Echaniz foi expulso Big Brother Brasil 12 suspeito de ter estuprado outra participante do programa, Monique Amin, durante uma festa do programa.
No dia da expulsão, a polícia do Rio de Janeiro foi até o Projac, onde ficam os estúdios da emissora carioca, e apreendeu o passaporte do participante. No entanto, as autoridades concluíram que ele era inocente e o inquérito foi arquivado — Monique, depois, afirmou que a relação havia sido consensual.
AVC na hidro
Na quinta edição do programa, a participante Marielza assustou a produção da Globo e os telespectadores após sofrer um AVC enquanto tomava banho na hidromassagem, do lado externo da casa.
O participante Rogério Padovan, formado em medicina, prestou os primeiros socorros dentro da casa e Marielza, felizmente, sobreviveu. A ex-sister deixou o jogo após o susto.
Marielza foi selecionada para o reality após ser sorteada em uma promoção popular. Conforme foi revelado pela Folha de S.Paulo, a emissora sabia dos riscos de escalar a baiana para a competição, devido ao histórico dela com tabaco, a idade e ao sedentarismo.
"A Globo sempre soube que ela tinha fatores de risco e nos pediu que definíssemos quais riscos eram esses", disse o médico Artur Cotrim, ressaltando que a baiana chegou a ser submetida a cinco exames, mais rigorosos do que os aplicados aos demais participantes.
Ela precisou fazer um ecocardiograma, um teste ergométrico, uma cintilografia miocárdica, uma ressonância magnética e um teste de reatividade cardiovascular ao estresse. Porém, segundo Cotrim disse à Folha, os exames não detectaram nenhum empecilho ao confinamento da participante.
Após sua eliminação do BBB 5, quando foi substituída pela vendedora Aline, Marielza chegou a sofrer mais dois AVCs. Em declaração ao Extra, ela descreveu a si mesma como uma "sobrevivente".
Zoofilia
A suposta prática ou apologia à zoofilia, que é o sexo com animais, já gerou polêmica em algumas edições do BBB.
Na décima nona edição do reality, o participante Maycon Santos, durante uma conversa com Danrley, disse que teria perdido a virgindade com uma bezerra. Posteriormente, ele negou.
Mesmo assim, a Justiça abriu inquérito para investigar as falas do mineiro. Em junho daquele ano, a Justiça do Rio de Janeiro arquivou as investigações do caso. Maycon chegou a comemorar a decisão.
"Foi uma brincadeira de mau gosto que fiz e foi mal interpretada. Estou feliz que deu tudo certo", afirmou.
Na edição seguinte, BBB 20, o arquiteto Felipe Prior polemizou ao dizer que a prática de zoofilia seria algo "normal" entre seus funcionários durante uma conversa com a influencer Mari Gonzalez.
"Tem gente que tem muito [fetiche], que fica excitado mesmo. Tem gente que transa com animal", disse Mari.
"Os peões da obra falam que tudo no Nordeste, na época, mandava pau", falou Prior.
"É anormal para a gente. Mas é normal para a pessoa e tudo bem também se a pessoa quer comer um animal", tentou justificar Gonzalez.
Foi nesse momento que Prior disse que um de seus funcionários teria dito ter o hábito de transar com cabras.
"Ele usa camisinha?", questionou a influencer.
"Usa nada. O pessoal tudo fala [na obra]: 'quem aí nunca deu um talento em uma cabrinha?' Os caras falam que a cabrinha até gritam o nome", completou o arquiteto.
À época, o MP-RJ chegou a abrir inquérito para apurar as falas de Mari e Prior.
Vanderson Brito
Um dia antes de entrar no BBB 19, Vanderson Brito foi acusado de estupro, agressão física e importunação sexual em denúncia feita na Deam (Delegacia Especial de Atendimento à Mulher), em Rio Branco (AC).
Já na casa, o acreano foi expulso pela Globo por ter sido intimado a prestar depoimento. Posteriormente, ele foi inocentado pela Justiça do Acre e as denúncias arquivadas.
Conforme a delegada responsável pelas investigações sobre a suspeita de estupro, Juliana De Angelis, a denúncia foi arquivada por decadência, ou seja, como o suposto estupro teria ocorrido em 2016, a lei exigia que a vítima tivesse denunciado a agressão em um prazo de até seis meses, o que não aconteceu.
Posteriormente, com as denúncias arquivadas, Brito moveu ações de indenização material e moral, com reparação de danos, contra internautas por postagens caluniosas na internet. Em 2021, a 2º Turma Recursal dos Juizados Especial determinou que Vanderson fosse indenizado em R$ 3.000 por danos morais, valor que ele classificou como "irrisório".
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