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Jornalista do SBT defende vândalos bolsonaristas e chama Moraes de 'capeta'

Cláudio Prisco Paraíso é comentarista da SCC, retransmissora do SBT em Santa Catarina - Reprodução
Cláudio Prisco Paraíso é comentarista da SCC, retransmissora do SBT em Santa Catarina Imagem: Reprodução

Colaboração para Splash, em Maceió

11/01/2023 12h30

O jornalista e comentarista político Cláudio Prisco Paraíso, da emissora SCC, retransmissora do SBT em Santa Catarina, defendeu os radicais bolsonaristas que estão presos por perpetrarem atos de vandalismo em Brasília, e atacou o ministro do STF Alexandre de Moraes, a quem ele chamou de "encarnação do capeta".

Paraíso rechaçou a pecha de "terrorista" atribuída aos radicais apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro por eles "rezarem" na prisão. O jornalista disse ainda, sem apresentar provas, que os detidos tiveram "seus direitos humanos violados".

"Esses são os terroristas, segundo o governo, Polícia Federal e tantos outros. Mil e duzentos, que estavam acampados diante do Quartel-General do Exército em Brasília, que foram presos, e que só hoje, depois de mais de 24 horas, sem banheiro, no calor, comida e bebida só receberam depois de 12 horas... Várias pessoas passaram mal... Só hoje, que metade deles, mulheres, crianças, grávidas, idosos e doentes foram liberados... Esses são os terroristas, rezando durante a prisão, onde os Direitos Humanos não foram respeitados... Quem está em presídio foi muito mais bem tratado e respeitado do que eles", declarou o comentarista da afiliada do SBT.

Ao se referir ao ministro Alexandre de Moraes, Cláudio Prisco disse que o magistrado adotou comportamento de "tirano" e representa "a encarnação do capeta", além de ser "um pobre de espírito".

"Calhordice, canalhice, calhordice, canalhice e cretinice... É assim que se pode definir o comportamento deste tirano", completou.

Presos. Cerca de 1.500 golpistas foram presos por incitar atos de vandalismo e antidemocráticos por não se conformarem com a derrota de Bolsonaro.

Os detidos foram encaminhados para o ginásio da Academia Nacional da Polícia Federal, onde receberam a visita da Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e do senador bolsonarista Marcos do Val (Podemos-ES). Até o momento, não foram constatadas violações aos direitos humanos dos presos.

'Presos estão bem cuidados'. O interventor federal no DF, Ricardo Capelli, afirmou ontem que os detidos pela Polícia Federal que aguardam para prestar depoimento "estão muito bem cuidados" e com "todos seus direitos garantidos".

"Chegou o café da manhã mais cedo, chegou o almoço. Tem um hospital de campanha montado pelo Corpo de Bombeiros. Eu saí de lá ontem às 2h e tinham sete ambulâncias posicionadas. Total segurança. Eles estão sendo tratados da forma mais cuidadosa e mais equilibrada possível", declarou Capelli.

Ontem, 599 detidos foram liberados —"em geral idosos, pessoas com problemas de saúde, em situação de rua e mães acompanhados de crianças", conforme o interventor. Até o momento, 527 pessoas foram encaminhadas ao sistema prisional.

Nenhuma pessoa morreu no local, ao contrário de relatos em redes sociais, compartilhados inclusive pela deputada federal Bia Kicis (PL-DF), conforme desmentiu a PF. A fake news também foi desmascarada pelo ator Marcelo Adnet. Posteriormente, Kicis admitiu que espalhou informação mentirosa.