Filme de Whitney Houston é tudo o que 'Bohemian Rapsody' queria ser
As cinebiografias de astros da música fazem muito sucesso no cinema. Em 2022, "Elvis" foi um dos grandes lançamentos, assim como aconteceu com "Rocketman" (2019), que reconta a história de Elton John, e "Bohemian Rapsody" (2018), sobre Freddie Mercury, o líder do Queen.
Mesmo com todo o sucesso e os prêmios que este último recebeu, o longa tem apenas 60% de aprovação da crítica especializada no Rotten Tomatoes — agregador online de críticas. Além de ter sido envolto em polêmicas durante a sua produção, como a demissão do diretor Bryan Singer durante as filmagens após denúncias de assédio, o filme é acusado de ser "chapa branca" e, por ter participação ativa dos membros do Queen, "limpa a barra" de Freddie Mercury.
Já "I Wanna Dance With Somebody — A História de Whitney Houston", cinebiografia que chega hoje aos cinemas brasileiros, causou furor entre a família da cantora. Não que o filme seja ofensivo ou trate Whitney de maneira desrespeitosa. Longe disso, o longa mostra que, antes de ser artista, ela era humana.
Diferente do retrato higienizado de Freddie Mercury feito pelo roteirista Anthony McCarten, que também é de "I Wanna Dance With Somebody — A História de Whitney Houston", Whitney Houston tem falhas, qualidades, desejos e tristezas. O filme não tem medo de mostrar que o abuso de drogas e álcool durante a fama e acerta em não colocar a culpa no então marido da cantora, Bobby Brown. Ele era uma espécie de catalisador, mas não era a origem.
Outro acerto do filme é contar a história de amor vivida por Whitney e Robyn Crawford. Negado até o fim pela cantora, as duas viveram um relacionamento. Na produção, ele é retratado de maneira leve e passa a impressão que o amor entre elas não acabou, apenas mudou de forma e se tornou uma amizade.
A protagonista Naomi Ackie mostra versatilidade ao viver Whitney em diferentes momentos de sua vida. Os únicos momentos em que somos lembrados de que não se trata realmente de uma gravação da cantora acontece nas sequências musicais, pois a dublagem feita por Ackie fica falsa.
"I Wanna Dance With Somebody — A História de Whitney Houston" talvez não faça o mesmo sucesso de "Bohemian Rapsody", por questões de apelo da banda e também divulgação, mas no quesito de representar a vida e os desafios dos artistas, o da cantora é mais bem-sucedido.
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