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Instagram marca post de Regina Duarte sobre terrorismo no DF como fake news

Regina Duarte teve publicação marcada como "fake news" pelo Instagram - Claudio Reis/FramePhoto/Folhapress
Regina Duarte teve publicação marcada como "fake news" pelo Instagram Imagem: Claudio Reis/FramePhoto/Folhapress

Colaboração para Splash, em Maceió

12/01/2023 15h37

O Instagram marcou uma publicação da atriz Regina Duarte, de 75 anos, sobre os atos de terrorismo cometidos por radicais bolsonaristas como sendo uma "informação falsa".

Na postagem, a artista compara o ginásio para onde foram levados os presos por participarem de atos antidemocráticos com os campos de concentração nazistas, além de mentir ao dizer que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não divulgou os códigos-fonte das urnas eletrônicas.

Os internautas que forem ver a publicação feita por Regina Duarte ontem (12) lerão a seguinte mensagem: "Informação falsa. Checado por verificadores de fatos independentes".

regina duarte - Reprodução - Reprodução
O Instagram classificou a postagem da atriz Regina Duarte como "fake news"
Imagem: Reprodução

Por que a postagem de Regina Duarte é falsa? O trecho em que a atriz fala sobre os códigos-fonte é mentiroso. Aliás, essa foi uma das principais fake news que mobilizaram extremistas bolsonaristas a depredarem as sedes dos Três Poderes.

No post, Regina disse que os acontecimentos recentes do Brasil "trazem de volta o assunto do famigerado código-fonte prometido nas últimas eleições para presidente da República".

Entretanto, ao contrário do que insinua Regina Duarte e extremistas bolsonaristas, os códigos-fonte foram abertos pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) um ano antes das eleições.

Ou seja, os códigos-fonte cobrados por bolsonaristas como Regina Duarte ficaram à disposição para inspeção das entidades fiscalizadoras definidas em resolução do TSE, como todos os partidos políticos, o Ministério Público, as Forças Armadas, universidades, entre outras.

Desde que as pesquisas com intenções de votos começaram a apontar a derrota de Bolsonaro nas urnas, o então presidente passou a atacar as instituições da República, em especial o TSE. Sem provas, o político de extrema direita alegou falta de lisura nas urnas eletrônicas e cobrou que os códigos-fonte fossem tornados públicos. Entretanto, esses códigos já estavam sob domínio público.

Após as eleições, as Forças Armadas divulgaram um relatório em que confirmou a lisura do processo eleitoral brasileiro. Em seu parecer, os militares afirmaram que foi possível concluir que os dados de totalização dos votos das eleições de 2022 estão corretos. Em nenhum momento, o documento entregue à Justiça Eleitoral citou indício de fraude no processo eleitoral.