Ex-sócio do Flow, Monark pede oportunidade de emprego e critica Moraes
O youtuber Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark, acusou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes de censurar seus perfis nas redes sociais, e "proibi-lo" de" existir comercialmente na mídia".
Durante participação no podcast Inteligência Ltda., Monark disse que, como teve seu canal no YouTube, perfis no Twitter e no Instagram bloqueados, ele pode precisar procurar um emprego fora da internet, e pediu ajuda aos internautas que porventura tenham alguma empresa e queiram empregá-lo.
Atualmente, o youtuber mantém apenas seu canal no Rumble, uma plataforma de extrema direita. Porém, segundo contou, o Rumble foi notificado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para desativar seu canal, mas a empresa "está lutando contra essa ordem e não me barraram ainda".
"O Estado decidiu que eu não posso mais existir na vida pública da internet, então, se o Rumble não conseguir manter o canal, vou ter que procurar outro emprego. Se vocês tiverem uma empresa aí, onde eu possa fazer alguma coisa que não seja mídia, vou estar precisando, viu galera", declarou Aiub.
"Fui banido de todas as redes sociais que existem. O Estado declarou ilegal qualquer plataforma [hospedar] qualquer tipo de conteúdo vindo de mim", ressaltou.
Monark questionou se está sendo "vítima de censura" ou se Alexandre de Moraes, a quem ele chama de "Xandão", apelido dado ao ministro por extremistas bolsonaristas, está "lutando contra os malvadões antidemocracia".
Por fim, o youtuber disse que não teve acesso aos processos que tramitam contra ele, pois as investigações estão sob segredo da Justiça. Ele nega que tenha apoiado intervenção militar ou incitado atos antidemocráticos. "Nunca incitei violência de nenhuma forma", afirmou.
Por que Monark teve as redes bloqueadas? Na semana passada, o Instagram e o Twitter bloquearam os perfis de Bruno Monteiro Aiub em um cumprimento de uma decisão judicial.
Ele tinha 1,4 milhão de seguidores no Twitter. No Instagram, ele possuía 618 mil curtidores. Ambos os perfis tinham os selos de verificação das plataformas.
O que motivou a Justiça a tomar essa decisão foram postagens de Monark no dia 8 de janeiro, mesmo dia em que vândalos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) praticaram atos de terrorismo em Brasília.
Na ocasião, Monark disse sentir "simpatia" pelos vândalos que depredaram prédios públicos e provocaram prejuízos milionários aos cofres públicos.
"Eu sinto simpatia pelas pessoas que estão protestando. Esse nosso estado é uma ditadura nefasta e autoritária, só roubam o povo. Algo deve ser feito, mas nossa classe política se provou covarde e conivente, com isso é normal o povo se sentir sem esperança e rebelar", postou.
Em novembro, Monark teve seu canal no YouTube bloqueado por determinação do TSE, devido ao fato de ter replicado fake news sobre o processo eleitoral brasileiro. Na ocasião, ele culpou Moraes.
Monark compartilhou a live do argentino Fernando Cerimedo, que é apoiador declarado do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL). Na live, o argentino, sem apresentar qualquer prova, sugeriu que as eleições brasileiras teriam sido fraudadas.
Alinhamento à extrema direita. O youtuber ficou conhecido nas redes por seu alinhamento com a extrema direita e já foi criticado por defender a criação e legalização de um partido nazista no Brasil, o que resultou em sua demissão do podcast Flow.
O nazismo é uma ideologia da extrema direita responsável pela morte de milhões de judeus na Alemanha entre 1933, quando Adolf Hitler chegou ao poder, até 1945, com o fim da Segunda Guerra Mundial.
Prejuízo milionário. Recentemente, o ex-companheiro de Monark no Flow, Igor Coelho, o Igor 3K, revelou que a polêmica com Aiub provocou um prejuízo de R$ 8 milhões com a perda de anunciantes.
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