Repórter rebate ofensas e diz que ajudou financeiramente famílias pobres
O Fantástico (Globo) de ontem exibiu uma reportagem especial de Marcelo Canellas sobre a fome. O jornalista revisitou famílias pobres que havia encontrado no início dos anos 2000 e, 20 anos depois, constatou que a situação segue a mesma.
No Twitter, Canellas disse que recebeu xingamentos antes mesmo de a reportagem ser veiculada. Muitos perguntavam ao repórter o porquê de "filmar a pobreza" e por que não "entregaram cestas básicas" aos que passam fome.
Ele explicou que, assim como há 20 anos, ele e o cinegrafista Lúcio Alves ajudaram com "uma conta de luz paga aqui, uma cesta básica acolá", mas que isso não é o suficiente.
Somente uma política de Estado consistente, estruturante e duradoura será capaz de enfrentar os efeitos da desigualdade perversa que nos envergonha. A luta contra a fome é também uma batalha retórica contra a sua negação. Marcelo Canellas
"Aos cínicos, tenho más notícias: o jornalismo continuará botando o dedo na ferida até que o poder cicatrizante da justiça social nos cure dessa chaga", concluiu Canellas.
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