Ataques golpistas: como está relógio do século 17 danificado em Brasília
A restauração do relógio de pêndulo de Balthazar Martinot, que foi danificado durante os ataques golpistas de 8 de janeiro, em Brasília (DF), está em processo de tratativas.
O responsável por derrubar o objetivo raro, Antônio Cláudio Alves Ferreira, 30, foi preso na segunda (23) por agentes da Polícia Federal de Goiás por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Segundo apurou Splash, as peças da obra estão guardadas na reserva técnica do Palácio do Planalto e o relógio será restaurado em conjunto com os demais itens danificados. Os reparos, porém, ainda não foram iniciados e não há prazo para finalização do processo.
O objeto do século 17, que é considerado raro e de valor inestimável, foi danificado durante os atos golpistas. A peça ficava no terceiro andar do Planalto, próximo ao gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), em relatório divulgado no dia 12 de janeiro, o relógio foi "fragmentado em toda sua extensão, apresentando fissuras, deformação e perdas".
O relógio
- A peça é original do século XVII;
- Foi dado de presente para D. João VI;
- Está no Brasil desde 1808;
- O relógio foi feito por Balthazar Martinot, o relojoeiro de Luís XIV;
- Existem apenas dois relógios de Martinot, no mundo. O outro, exposto no Palácio de Versalhes, na França, tem metade do tamanho da peça que foi danificada pelos terroristas;
- A peça foi resgatada de um depósito do governo e passou por restauração em 2012.
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