Era setembro de 2019, e eu juntei três amigas para conseguir comprar ingressos para assistir aos Backstreet Boys. O show estava marcado para 15 de março de 2020 e seria a terceira vez que os veria.
Uma amiga conseguiu e, depois, foram meses de espera. Até que algo inesperado aconteceu: a pandemia do coronavírus. O grupo já estava no Brasil, mas, um dia antes da apresentação em São Paulo, tudo fechou.
Eu tinha certeza que o show seria cancelado. Todos foram. Mas os Backstreet Boys seguraram até anunciarem que voltariam. E voltaram.
A grande fã que sou ficou emocionada ao ver o respeito que o quinteto teve com o público brasileiro. Eles voltaram.
O que eu vou dizer agora vai deixar uns cinco chefes meus bravos, mas sou obrigada a dizer: assistir aos Backstreet Boys ao vivo é uma experiência catártica. Que os deuses do Jornalismo me desculpem por usar um termo clichê, mas é a pura verdade.
São trinta anos de Nick, Howie, Kevin, AJ e Brian. Começaram novinhos e agora todos estão com mais de 40. São trinta anos que uma legião de fãs os segue. Por isso, quando as luzes do Allianz Parque se apagaram, às 21h10, a sensação foi de presenciar o início de um culto religioso.
O público — formado majoritariamente por mulheres — se entrega aos anos 1990 e 2000 e não se importa em ser extremamente brega. Eram camisetas brilhantes da banda, declarações desesperadas de amor e "dancinhas" coordenadas.
Essa vos fala, inclusive, colocou a blusinha do grupo e uma pochete colorida, comprou copo promocional de 25 reais, jurou amor eterno a todos os integrantes e chorou muito. Durante muitos momentos.
E como não?
Eles tiram o melhor que tem em nós. O que mais vi foram desconhecidos se ajudando, de abraçando e até ajudando fãs mais baixinhas a enxergarem. Que delícia ser brega assim.
Em 2006, Kevin anunciou que sairia da boyband. Então, essa foi a primeira vez que vi o Kevin ao vivo. E pelo jeito a primeira de muitas vezes de muitas presentes, que surtavam quando ele por algum motivo ficava em evidência.
No entanto, preciso ser verdadeira: a devoção é pelos cinco. O estádio inteiro vibrou e chorou durante as duas horas e pouco de show.
Como jornalista, já estive em diversos shows. Paul McCartney, U2, Phil Collins, Queen, A-Ha. Nada, nada é como a energia "dos garotos da rua de trás".
Foi uma noite de festa, com diferentes hinos que marcaram a minha vida. Vou lembrar sempre.
Principalmente porque tive a sorte de entrevistar Howie e, depois de muito me controlar, poder falar o quão feliz eu estava por eles estarem de volta. O cantor agradeceu o carinho e prometeu: "nos encontraremos muitas vezes ainda, Fernanda".
Estarei ansiosa por todos nossos encontros, Howie.
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