Com Bill e Frank, episódio 3 de 'The Last of Us' derruba até os mais fortes
O terceiro episódio de "The Last of Us" não é para os fracos de coração, nem para os apaixonados e mais sensíveis. Expandindo a história apresentada no jogo, o episódio "Long Long Time" mostra o relacionamento de Bill (Nick Offerman) e Frank (Murray Bartlett), e se distancia do material de origem para criar um dos momentos mais emocionantes da série até agora.
E, talvez, da temporada.
Como é no jogo?
A relação entre Bill e Frank, embora sugerida, jamais foi abordada diretamente no jogo. Quando Joel (Pedro Pascal) e Ellie (Bella Ramsey) chegam a Lincoln, a cidade que Bill manteve funcionando como o seu único residente, a dupla acaba desabilitando muitas das armadilhas criadas por Bill, e alertando uma quantidade alarmante de corredores.
Ao longo da passagem de Joel e Ellie por Lincoln, a garota tem uma desavença com Bill, e o jogador entende que o acordo entre o homem, Joel e Tess (Anna Torv) era reticente, e a relação entre eles não era das mais amigáveis. Apesar de sua personalidade peculiar, Bill acaba ajudando os dois a encontrarem um carro e uma bateria.
Em determinado momento, eles chegam até uma garagem, e lá encontram o corpo de Frank, e uma carta de suicídio. Bill tenta disfarçar a tristeza, mas acaba deixando transparecer o quanto sente a perda.
Em meio aos desafios do jogo e a necessidade de lutar contra os infectados, o afeto de Bill e Frank fica apenas no subtexto. Na série, há espaço para explorar os dois de forma diferente.
Série foca na emoção
Desta forma, o episódio escolhe mostrar elementos da vida de Bill que o jogo não pôde priorizar. Do momento em que decidiu ficar sozinho na cidade ao encontro com Frank e as eventuais transformações em sua vida por optar "se preocupar com alguém", o ângulo do episódio se transforma diante do que se espera de uma série de "sobrevivência".
Ali, Bill e Frank não estão apenas sobrevivendo. Eles criam uma vida, e mostram que as relações continuam existindo apesar da reconfiguração trágica da sociedade. Acompanhamos como o afeto entre eles vai crescendo e se modificando, em um retrato brutal e impactante da importância das relações humanas nessa realidade pós-apocalíptica.
Em termos de adaptação, é sempre interessante a existência de episódios como este, que expandem uma história que não foi abordada em toda a sua extensão no material original, e fazem isso para ampliar o entendimento que o público tem daquele mundo e daquelas personagens.
No fim, as alterações vêm para o bem. O impacto daquela passagem de Joel e Ellie por Lincoln para o restante da jornada deles ainda está ali. Mas, emocionalmente, o impacto é muito mais amplo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.