Disney aposta em sequências de sucessos para fugir de crise no streaming
O investimento da Disney no streaming revela que ser dona de alguns dos nomes mais competitivos do mercado não é necessariamente sinônimo de sucesso. Se, há cinco anos, possivelmente duas assinaturas de streaming eram o suficiente para que alguém se mantivesse em dia com os principais lançamentos, hoje a competição torna sufocante a ideia de ficar em dia com filmes e séries, e a missão de se destacar ainda mais desafiadora.
Disney+, Hostar, Star+ e Hulu cresceram em número de assinantes durante a pandemia, mas perspectiva não é boa. Agora, a realidade é que o streaming está dando prejuízo para a Casa do Mickey Mouse, e as estratégias de recuperação de confiança do mercado foram muitas: do retorno do antigo CEO, Bob Iger, aos anúncios feitos nesta quarta (8) de corte de postos de trabalho e sequências de animações adoradas da Walt Disney e da Pixar.
Disney fará "Toy Story 5", "Frozen 3" e "Zootopia 2". Não seria exatamente uma surpresa a Disney anunciar alguma sequência de uma propriedade intelectual bem estabelecida e com uma forte base de fãs. Mas, desta vez, foram três anúncios de títulos fortes, devidamente justificados. Iger mencionou um relatório recente da Nielsen que pode tê-lo encorajado a dar sinal verde para os três filmes.
Sucesso de público ainda assim
Disney tem 11 dos 15 filmes mais vistos no streaming em 2022. Segundo o relatório da Nielsen citado por Iger, a Disney domina o ranking. "Encanto" e "Red: Crescer é uma Fera" estão no topo, e títulos como "Frozen", "Frozen 2", "Zootopia", "Abracadabra 2" e "Moana" também compõem a lista. A Netflix está presente com "Sing 2", "O Projeto Adam", "Não Olhe para Cima" e "Agente Oculto".
Apostar em sequências busca retomar confiança. A liderança da Disney com o público está na contramão da perda de confiança dos acionistas e dos prejuízos financeiros. Partindo do fato de serem títulos adorados pela audiência da plataforma no streaming, é esperado que também tragam novos assinantes e ajudem a diminuir a sangria.
O que sabemos sobre os novos filmes?
Não há informações sobre previsão de estreia, time criativo envolvido ou detalhes das histórias. Vale lembrar que "Toy Story 4" concretizou a saga de Buzz Lightyear e Woody ao separar os bonecos, que seguiram caminhos diferentes.
Filmes devem ajudar as animações da Disney e da Pixar a retomarem espaço. Nos últimos anos, apesar de filmes elogiados como "Soul" e "Luca", o lançamento direto na plataforma de streaming prejudicou o desempenho da Pixar. O derivado "Lightyear", lançado nos cinemas, não chegou a ser sucesso de bilheteria.
Contenção de custos agradou Wall Street
Os cortes de 7 mil postos de trabalho e a reestruturação dos setores fizeram o mercado financeiro sorrir. A companhia planeja economizar US$ 3 bilhões. "Bob Iger retornou ao centro do palco e demonstrou sua visão criativa e alinhamento financeiro, gerenciando custos, fazendo curadoria dos conteúdos ofertados e ampliando a experiência dos parques", escreveu o analista Michael Morris.
Companhia vai explorar licenciamento de produtos e analisar custos de tudo o que gera. Segundo Iger, ainda não está claro em qual extensão o licenciamento de produtos vai interferir na redução de gastos, mas a estratégia é uma mudança simbólica para a Disney. Desde o lançamento do Disney+, em 2019, a grande maioria das produções fica realmente com os distribuidores da casa.
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