Mari Belém perde carro em chuva e mostra quarto inundado no litoral de SP
A cantora Mari Belém, 42, usou suas redes sociais para mostrar que está ilhada em um hotel em Cambury, no litoral norte de São Paulo, região mais afetada pelas chuvas fortes.
A filha de Fafá de Belém contou aos fãs que perdeu seu carro e todos os itens pessoais: "Não morri eletrocutada e nem afogada", disse ela.
Por volta das 5 da manhã do último domingo, ela acordou com o seu quarto completamente alagado. Nas imagens, Mari mostra a água entrando pelas frestas das portas.
"Não desejo a ninguém o desespero de uma situação dessas e o medo de morrer eletrocutada, porque a água dava choque", contou.
"Perdi o meu carro. Saí só de camisola e bolsa com documentos. Perdi tudo, mas não morri eletrocutada e nem afogada. Material se recupera", lamentou ela.
A artista também mostrou outros carros que estavam estacionados e que foram cobertos pela enchente: "Parece um cenário de guerra. Parece mesmo um tsunami".
Mari ainda desabafou pela falta de auxílio do hotel:
"Nem o dono do hotel se dignou a vir aqui perguntar se a gente precisa de alguma coisa. Salvar a gente, fazer alguma coisa. A gente ficou nas mãos de dois funcionários maravilhosos, muito queridos, que foram dois heróis para a gente. Mas a gente ficou nessa situação. Ninguém trouxe uma água, comida para a gente. O povo teve que se arriscar para comprar comida no centro. A gente vai buscar sinal para tentar pedir ajuda. Simplesmente cag**** para a gente, tirando os dois funcionários incríveis que estão aqui. Um deles foi para a casa para ver se o bebê dele está bem. Nenhum dos donos da pousada vieram aqui fazer algo por nós, que não pagamos barato para estar aqui. Nossos carros se fo****. Nossos carros estão fod*****, vamos passar com água na cintura, mas vai procurar um caminho, já que ninguém se responsabilizou".
Ao lado de outros hóspedes, Mari Belém saiu para pedir ajuda em outros estabelecimentos:
"Encontramos um hotel que foi generoso e deu um voucher para a gente. Estou com o básico da vida, meus documentos, a nossa mala que já colocou no escritório. Meu carro deu PT, deu PT em todos. Agora estamos buscando um lugar para ir, porque se chover de novo, esse local pode cair deslizamento. Não sei dizer o desespero que é não saber se vai ser soterrada, se vai morrer afogada ou se vai ser eletrocutada. A gente tomou altos choques na saída do nosso quarto".
"A nossa situação obviamente é melhor que a de muita gente. A gente só foi saber agora que teve gente que morreu soterrada, que teve gente que perdeu tudo. Eu perdi o meu carro, mas fod****, o que a gente pode fazer com o material, se vira. Todo o hotel estava aquela desgraça. Os dois meninos que ajudaram a gente, o Michel e o Jack, são dois anjos. O Michel estava sem saber da família dele, ele tinha que andar duas horas para chegar e saber se o bebê dele estava bem. Esses dois cuidaram da gente. Não tinha mais água, mais nada. Compraram Doritos, o que tinha. A gente pagou", continuou.
"Só voltando para dar satisfação, sei que preocupei muita gente. Meu Whatsapp está explodindo. Peço desculpas que não vou responder para todo mundo, porque tenho que responder a minha mãe, minhas filhas, gente que a última vez que falei foi nove e cinquenta da manhã. Estou muito atordoada, parece que vivi um pesadelo. Quando paro e penso que saí da porta do meu quarto com mala na cabeça, água até a cintura. Uma água que misturava óleo de frigideira, combustível, lama, cocô de rato... Vou passar uma semana tomando antibiótico, por medo de morrer. Mas ainda assim estou melhor que muita gente que sofreu mais. Mas foi traumático. Ainda bem que a gente encontrou um grupo que se ajudou muito", finalizou ela.
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