Volpato: 'E daí que tenho 54? Mais bonita hoje que no Casos de Família'

Regina Volpato, 54, vive uma ótima fase: solar na vida pessoal e pop nas redes sociais. Recentemente, a apresentadora do Mulheres (Gazeta) virou destaque ao viralizar em memes e por abrir uma conta no OnlyFans.

"Me vejo muito bem, uma mulher madura e bonita, não sei se é falta de senso ou autoestima (risos). Gosto da maneira que aprendi a me aceitar. Já entendi a dinâmica da vida. Me lapidei com muita terapia e vivência. Estou feliz e adoro ter a idade que tenho."

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Em papo com Splash, diz ter ficado surpresa com a repercussão após criar um OnlyFans e percebido, após reflexão das seguidoras, que a notícia foi compartilhada sempre atrelada a sua idade.

"E daí que eu tenho 54? E daí que sou jornalista? E daí se eu quiser sensualizar? Achei curiosa a maneira como a notícia impactou as pessoas. Não posso fazer coisas diferentes por conta da minha idade? Por que isso limitaria o livre exercício da minha liberdade?"

Regina não criou a plataforma com o intuito de sensualizar, ela revela estar descobrindo o que a plataforma tem a oferecer. Ela criou o perfil após saber que a plataforma é feita para compartilhar conteúdos monetizados para fãs — ela usa o valor mensal mais barato: 5 dólares.

"Virou só pornografia? Eu não sei. Estou descobrindo como a plataforma funciona. Cada um faz o que quer com suas redes sociais. Se você quer sensualizar, maravilha... Saiu uma matéria, em um sentido pejorativo, falando que eu tinha 12 inscritos. Não tem 12 inscritos, tem mais. O que essas pessoas esperam? Não sei. O que vou fazer? Vou descobrindo a minha vaidade com o meu corpo. Eu a alimento e a exerço de outras maneiras. Gosto muito da minha privacidade."

Estou muito tranquila com minha aparência. Ouso dizer que me acho mais bonita hoje que na época do Casos de Família. Me cuido e sou vaidosa. Se não estivesse tão tranquila e resolvida comigo mesma, talvez esses comentários me soassem como críticas ou castração.

Medo das críticas? Jamais!

Regina diz estar acostumada a ouvir comentários intrometidos em sua vida — em 2004, duvidaram que ela saísse do jornalismo para o entretenimento. Entre 2004 e 2009, ela apresentou um dos programas mais populares da TV, o Casos de Família, no SBT.

'Nossa, mas você vai sair do jornalismo para fazer um programa de barraco?' O Casos de Família não tinha estreado. Ninguém sabia o que seria o Casos. Eu falei: 'vou'.

Essas críticas chateiam em alguns momentos, mas ela tenta filtrar as que valem a pena. Se esse filtro pessoal falha, ela se recolhe para se preservar.

"Quando encerrei meu contrato com o SBT no auge do sucesso, decidi que era hora de parar. Fiquei um tempo fora do ar, me dediquei a mim mesma e à minha filha, que estava entrando na adolescência, foi sensacional. Depois, fui para a RedeTV e recomecei. Olho para a minha vida e vejo que estou sempre sendo eu. A autonomia da minha vida é minha."

Por outro lado, Regina conta que recebe mais comentários positivos nas redes sociais, inclusive, após lançar o OnlyFans. "Muita gente falou: 'ela é maravilhosa, ela é livre'. E fui me reconhecendo, foi tão gostoso. A gente precisa estar preparado na vida para as críticas e para o amor. O amor toca e emociona. Me vi pelos olhares dos outros."

Ela acredita que os elogios de hoje são fruto do que plantou lá atrás, sendo respeitosa e consciente com entrevistados, colegas de trabalho e telespectadores.

"Perdi noites de sono quando achava que tinha errado... São 54 anos, acho bastante. Sem crítica ao peso da idade, é uma vida, uma carreira construída, sim. A comunidade LGBTQIA+ sempre me acolheu... Desde o meu canal até no Casos de Família, eu sempre tratei de questões raciais, falei sobre pessoas em situação de vulnerabilidade, discuti gênero. Tudo isso parece que agora vem me acolher de um jeito tão gostoso."

Muitos memes

Não é raro ver Regina em um meme nas redes sociais. Um vídeo de 2018, no qual ela comete gafe ao criticar o fogão do cenário do Mulheres, voltou a circular nas últimas semanas.

"A minha filha dá risada. Ela acha engraçado a parte que falo 'eu quereria ter esse fogão'. São muitas camadas (no vídeo), né?", brinca. "Se a gente não levar tudo com bom humor... Faço programa ao vivo já há algum tempo, é legal o que dá errado... Fiquei insistindo, falando e repetindo. Fui me enrolando. Estava me divertindo com aquela situação. Me divirto todas as vezes que revejo."

Esse não foi o único: "Tem o meme do Natal, eu toda de vermelho, vestido e batom, e escrevo: 'olha que lixo'. Tem todos os memes do Manhã Maior, com a Daniela Albuquerque, que são deliciosos..."

A relação de Regina com a internet é mais antiga. Em 2007, ela criou um blog para se aproximar dos telespectadores que se comunicavam com ela por cartas.

"Graças a esse blog, pessoas que participavam como fãs, hoje, são pessoas do meu convívio. Na época eram estudantes, hoje, são jornalistas, advogados, médicos, muitos casaram entre si. Foi um movimento lindo."

Ela demorou um pouco para entrar nas redes sociais. No início, tinha dificuldade em se adaptar a cada novidade, mas foi "tomando gosto" por esse universo.

"Acho o Twitter maravilhoso. Só não interajo mais porque não tenho tempo. As pessoas têm uma acidez, são sagazes. E, depois, com essa história de memes, vira e mexe eu tenho um boom. Estou vivendo um desses momentos."