Como avançaram processos movidos por Klara Castanho após caso de estupro?
Klara Castanho disse "confiar na Justiça" durante sua primeira participação na Globo após o caso de estupro ocorrido no ano passado. Ela reforçou que expôs a situação contra a própria vontade e denunciou os envolvidos.
Os processos contra a apresentadora Antonia Fontenelle, o jornalista Leo Dias e a influenciadora digital Adriana Kappaz, conhecida como Dri Paz, seguem em segredo de Justiça, informou o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em contato com Splash.
Eles foram acusados de difamação, calúnia e injúria. As penas para difamação e injúria podem chegar a um ano, enquanto a pena para calúnia pode chegar a dois anos.
Desembargador analisou uma das ações
Também registrada no Rio de Janeiro, uma das ações diz respeito a um agravo de instrumento — recurso contra uma decisão do juiz ao longo do processo que uma das partes acredite que possa gerar um fato grave ou de difícil reparação —, mas não cita nomes.
Conforme informações divulgadas no site JusBrasil, o documento é referente ao processo aberto contra Antonia Fontenelle. "Nenhum advogado meu está sabendo. Ninguém foi citado", disse a apresentadora em contato com Splash.
Registrado em julho de 2022 na 6ª Vara Cível da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, o processo cobra indenização por danos morais e responsabilidade civil.
O acórdão, redigido pelo desembargador Juarez Fernandes Folhes, permanece em segredo de Justiça desde o dia 16 de dezembro. O arquivamento se tornou oficial no último dia 23, sem divulgação de decisão ou suposto valor de indenização.
Os portais oficiais não disponibilizam detalhes sobre as ações envolvendo Leo Dias e Adriana Kappaz.
Acusações
A história ganhou força após Antonia Fontenelle dizer em uma live que "uma atriz global de 21 anos teria engravidado e doado a criança para adoção". "Ela não quis olhar para o rosto da criança", afirmou a apresentadora.
Após Klara publicar a carta aberta relatando detalhes do caso, o jornalista Leo Dias publicou uma matéria sobre o caso citando o nome da atriz e dados do nascimento da criança, incluindo hora e local de nascimento, cujo sigilo é resguardado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, em reportagem veiculada no site Metrópoles.
O conteúdo foi deletado pouco mais de duas horas após entrar no ar. O portal e o jornalista se desculparam em notas oficiais.
Segundo a defesa de Klara, Adriana Kappaz publicou na rede social Kwai um vídeo "imputando" o crime de abandono de incapaz a atriz.
Ela teria afirmado que a jovem pagou para "sumirem com a criança", o que configura difamação e calúnia. Na mesma publicação, a youtuber ainda teria relativizado a violência sofrida pela atriz.
Investigação em hospital
Em janeiro, o Coren-SP (Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo) arquivou o processo de investigação do caso por não encontrar provas que identifiquem a participação de profissionais de enfermagem no vazamento das informações.
"Não há motivo para reabrir a investigação sem que existam novos elementos", informou a assessoria de imprensa do Coren-SP em conversa com a reportagem.
Splash procurou a assessoria de imprensa de Klara Castanho, que optou por não se posicionar sobre o andamento de todos os processos citados na reportagem.
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