Firme e irônico: as aparições de auditor das joias no programa Aeroporto
Nos últimos dias, o auditor Mario de Marco Rodrigues de Souza ganhou destaque por ter sido revelado como o responsável por barrar joias de Bolsonaro na alfândega em 2021.
De Marco é um dos personagens do reality show Aeroporto - Área Restrita. A atração acompanha a rotina dos servidores que atuam no aeroporto, que apreendem drogas e outros bens irregulares nas bagagens dos viajantes.
Ele foi apresentado em 2018, na segunda temporada do programa, e trabalha na Receita Federal desde 2006. À época, ele era chefe da Dibag (Divisão de Conferência de Bagagem). Hoje, ele é delegado adjunto da alfândega do aeroporto.
Sempre trabalhei na área de bagagem. [...] É uma responsabilidade grande coordenar tudo. Coordenar as equipes, as pessoas, porque aqui a gente tem uma missão muito importante. Essa é a porta de entrada do país. De Marco, em Aeroporto - Área Restrita
Em "Aeroporto", assim como os outros servidores, De Marco tem uma postura séria e firme. Em alguns momentos, no entanto, mostra seu lado sarcástico ao interrogar passageiros suspeitos.
Coração "excelente"
Em um dos episódios, uma mulher tenta entrar no país com um grande volume de mercadorias para vender. Caixas e mais caixas de brinquedos são encontradas na bagagem da passageira, além de adesivos falsos de uma agência reguladora que seriam colados em produtos falsificados.
"Preciso te explicar que não pode trazer? Não, né", diz o delegado.
Vendo De Marco tirar os itens das caixas, a mulher questiona se ele tem um "coração bom".
"Meu coração é bom, é excelente", responde ele.
Em outro momento, a passageira se altera quando o delegado pede que ela esvazie os bolsos. Nesse momento, ele pede que uma funcionária prossiga com a revista, apesar dos protestos.
Carga pesada
Em outra ocasião, De Marco foi um dos responsáveis por conferir uma carga que continha milhões em eletrônicos, mas que declarava carregar somente cabos de celular e um valor bastante inferior.
Os auditores se surpreenderam com a quantidade de produtos descoberta nas caixas, e De Marco ironizou: "Vieram umas coisinhas além dos cabos. Nada relevante."
Puxão de orelha
Uma passageira foi alvo de denúncia e, antes de entrar no avião, foi abordada pelos policiais. Eles suspeitaram de pequenos mosaicos que ela carregava na bolsa e decidiram reter os itens para perícia.
A mulher insistiu para levar os objetos e disse que eram apenas bijuterias. "Se é uma bijuteria, fica tranquila, que não vai ser uma perda de grande valor", rebateu De Marco.
Em seguida, ela disse que seus objetos estavam sendo "sequestrados" pelo órgão.
"Ninguém tá sequestrando nada. Cuidado com os termos. Não tem sequestro nenhum. Não é um sequestro", repreendeu o delegado.
Conselho
Em outro episódio, duas mulheres são abordadas sob suspeita de terem agido como mulas de droga em uma viagem internacional. Elas estariam voltando após terem transportado a mercadoria e, por isso, são liberadas, mas avisadas de que, caso voltassem a viajar, seriam interrogadas novamente.
De Marco aconselhou uma delas a pensar nas filhas pequenas antes de correr o risco de ser presa novamente, após a mulher dizer que cuidava das crianças sozinha e não tinha ninguém para ajudar.
"É bom você pensar nelas [filhas], pensar nas vezes em que deu certo [ser mula]. Pensa nelas. Cuidado pra não dar errado", avisou.
Amigo desconhecido
Um passageiro, flagrado com vários celulares roubados e furtados em sua bagagem, disse inicialmente que os eletrônicos haviam sido entregues a eles por um amigo.
Depois, mudou a versão e disse que não conhecia o suposto "amigo", mas que se referiu assim porque em Senegal todos são "amigos".
"Você tem um amigo que você não conhece? Você tá falando que é amigo", pressionou De Marco.
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