BBB 23: Fred Nicácio diz que tentou buscar 'cura' para homossexualidade
Fred Nicácio, ex-participante do BBB 23 (Globo), contou sobre a descoberta de sua homossexualidade, quando ainda era adolescente. Em entrevista à coluna de Patrícia Kogut, do O Globo, o médico disse que, na época, era evangélico e chegou a buscar "cura gay".
Fred Nicácio: "Fui criado em Igreja Evangélica Batista, mas no fim da adolescência eu me entendi como um homem gay. A narrativa é de que a homossexualidade é pecado. Tentei buscar curas, até entender que eu era amado por Deus do jeito que sou. Foi dolorosa a ruptura".
O ex-brother afirmou que foi neste momento em que se aproximou do Culto de Ifá, religião de matriz africana que segue até hoje.
Fred Nicácio: "Ao perceber que não tinha nada de errado comigo, comecei a abrir minha mente para outras coisas. Em 2021, uma amiga me convidou para conhecer o Culto de Ifá. Na primeira reunião, teve uma espécie de 'batismo' de um bebê, uma consagração para os orixás cuidarem dos caminhos dele, mas o que chamou minha atenção foi que os pais eram homens gays. Aquilo encheu meu coração, me senti acolhido".
Durante sua passagem pelo reality show, Fred Nicácio foi alvo de intolerância religiosa. Ao ser eliminado do programa, o médico esteve no "Domingão com Huck" (Globo) com Gustavo e Cristian, dois dos autores dos comentários preconceituosos.
Fred Nicácio: "Foi desconfortável, até porque o que eles fizeram se chama racismo religioso. É crime. E achei importante frisar isso, porque entra no que disse sobre minha missão. Eu sofri o racismo de forma explícita. E, ao abordar isso num horário nobre, domingo à tarde, fiz desse episódio uma utilidade pública. Falas como a deles aniquilam muita gente".
O ex-brother, porém, se mostrou ainda incerto quanto a prestar queixa contra os ex-colegas de confinamento.
Fred Nicácio: "Ainda é cedo, tem muita coisa para digerir. O mais importante, e é o que digo para outras pessoas pretas, é devolver o constrangimento para quem o criou. Quando falo no 'Domingão' com todas as letras que não era jogo, mas racismo, rolou ali um constrangimento pedagógico. Ninguém merece passar por isso, e não quero romantizar, mas que bom que ocorreu comigo, que estou preparado".
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