Canisso, baixista do Raimundos, morre aos 57 anos
Canisso, baixista da formação inicial do Raimundos, morreu hoje aos 57 anos. A informação foi confirmada por Splash com a assessoria do artista.
"Ainda absorvendo isso", declarou Denis Porto, empresário da banda.
Conforme publicação no Facebook de Canisso, ele sofreu uma queda após desmaiar na manhã de hoje.
O baixista havia se apresentado em Rio de Sul, em Santa Catarina, no sábado (11). Sua última publicação no Instagram foi na manhã de hoje.
Canisso estava se apresentando com o Raimundos, que entraria em turnê a partir do dia 25 de março. O baixista ganhou projeção nacional com o grupo de Brasília, criado em 1989.
A banda lançou ao todo nove álbuns de estúdio, emplacando hits como "Eu Quero Ver o Oco", "Mulher de Fases" e "A Mais Pedida".
"Luto. Sempre foi e sempre será meu herói. Eu não tenho palavras para descrever o que eu estou sentindo (...) A sensação que eu vou chegar em casa e não vou ver mais ele. Ele sempre gostou de fazer as zoeiras dele, está em um lugar muito melhor agora tocando seu lendário baixo", lamentou Pedro Toscano, caçula de Canisso.
Nina Toscano também homenageou o pai com uma série de fotos publicadas no Instagram.
Ele deixa quatro filhos: Mike, 31, Lore, 30, Nina, 23, Pedro, 19, e a mulher, Adriana Toscano Vilhena, com quem estava há mais de 30 anos.
Carreira
Interessado por música desde a infância, José Henrique Campos Pereira, o Canisso, aprendeu a tocar instrumentos e a trabalhar como roadie em Brasília na década de 1980.
Ele foi um dos fundadores do Raimundos, ao lado de Digão e Rodolfo Abrantes. Saiu da banda em 2002, logo após a saída de Rodolfo, alegando "desgaste natural".
O artista ainda voltou a se apresentar com o Raimundos em 2007 e desde então era integrante fixo.
Opiniões diferentes de Digão
Em junho, Canisso rebateu no Twitter um comentário que chamava os membros da banda de fascistas. Ele compartilhou a publicação e deu a entender que não tinha as mesmas opiniões políticas do vocalista Digão: "Eu e resto não somos, isso só acometeu os vocalistas".
O artista chegou a afirmar a banda sofreu boicote de festivais pelo posicionamento de Digão:
"Esse ano estamos fora de vários festivais pelo Brasil. É covardia querer boicotar uma banda e sua história e tentar de alguma forma ressignificar e atribuir quaisquer orientações políticas ao grupo baseado nas opiniões de um componente, em suas redes pessoais."
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