Namorada de Rafael Miguel recorda convivência com pai assassino: 'Misógino'
A cantora Isabela Tibcherani, 22, falou, em entrevista ao Vênus Podcast, sobre o assassinato do namorado, Rafael Miguel, e dos sogros por seu próprio pai, Paulo Cupertino, em 2019:
Prisão de Cupertino: "Quando ele foi preso, foi uma libertação para mim - ainda mais quando soube que ele estava próximo. Comecei a ter questionamentos: será que ela ia me procurar? Será que ele já estava acompanhando como estava a minha vida?"
Momento em que soube da prisão do pai: "Estava em uma seletiva de emprego. Foi uma situação péssima. Tive que contar chorando: 'você não deve saber, mas eu sou fulana de tal e eu vou deixar a seu critério se eu vou continuar o processo seletivo ou não'."
Pai controlador: "Era coisa de eu muitas vezes ficar sem poder sair na janela, ficar sem celular, ficar incomunicável. Patologia, só pode, coisa da cabeça do meu pai. Sou a única filha mulher de quatro filhos. Meu pai falava: 'você vai namorar depois dos 30, se eu deixar'."
Inferiorizada por seu mulher: "[Cupertino] era uma pessoa machista, misógino. Se eu estivesse sentada assistindo à televisão, [ele dizia:] 'você não tem nada para fazer? Um chão para varrer? Uma casa para limpar?' Tinha que estar sempre fazendo trabalho doméstico, porque, para ele, era para isso que mulher servia."
'Reencontro' com Rafael Miguel: "Nunca sonhei [com o pai, mas] já sonhei com o Rafa. A única vez em que sonhei com ele foi depois de três anos [da tragédia]. Foi um sonho muito de desfecho, onde eu falava: 'agora a gente vai ficar junto, está tudo bem', e ele falava: 'agora não precisa mais. Já estou bem, você está bem. Segue sua vida.' Foi uma despedida, real."
Contato sobrenatural com o ex: "Acredito muito no espiritismo. Tive muitas experiências espirituais na época em que tudo aconteceu. De sentir a presença dele, sentir o perfume dele onde eu passava. Sentir que ele tentava me tocar e não conseguia. Horrível, péssimo, mas passou."
Família de Rafael Miguel: "Não tive mais contato. Sempre respeit/ei muito a liberdade e o espaço deles, porque sei, que querendo ou não, o meu rosto traz lembranças [da tragédia]. Dou esse espaço, até porque, de longe, eu vejo que a família dele se reconstruiu dentro do possível."
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