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Maria Beltrão se emociona com relato de agricultora: 'Ano terrível pra nós'

Maria Beltrão se emocionou com história de pequena produtora de hortaliças, na Grande São Paulo - Reprodução/TV Globo
Maria Beltrão se emocionou com história de pequena produtora de hortaliças, na Grande São Paulo Imagem: Reprodução/TV Globo

De Splash, em São Paulo

18/03/2023 09h04Atualizada em 18/03/2023 09h04

Maria Beltrão se emocionou com a história de uma agricultora que criou um projeto de doação de alimentos durante a pandemia da covid-19. Com os olhos marejados, a apresentadora do "É de Casa" elogiou Simone Silotti, que idealizou o "Faça um Bem Incrível", depois que a pequena produtora chorou ao comentar as dificuldades da vida no campo.

"Esse último ano foi terrível para nós todos, esse começo do ano em especial, com as grandes chuvas, afetando os pequenos produtores que plantam na terra. Eles perderam tudo, vão ficar de 60 a 90 dias sem ter produto para vender", lamentou Simone, que tem uma plantação de agrião em Mogi das Cruzes (SP), sem conter as lágrimas.

"Gente, como não se emocionar com a Simone, né? Eu já estava emocionada durante a matéria, aí ela se emociona nesse final, não tem como. Vamos aplaudir", respondeu Beltrão depois de ver a matéria, na manhã de hoje.

O projeto criado por Simone já foi reconhecido por prêmios de empreendedorismo e cooperação para a agricultura. A agricultora trabalhou anos na área de marketing, nas áreas mais agitadas da capital de São Paulo, antes de largar tudo e se mudar para o campo, na Região Metropolitana.

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Simone, agricultora que criou o projeto "Faça um Bem Incrível" durante a pandemia
Imagem: Reprodução/TV Globo

Em parceria com outros parentes, ela mantém a plantação em estufa, que ficou represada depois que o isolamento social começou no Brasil. Sem ter para quem vender as hortaliças, a mulher convidou agricultores vizinhos para doar os alimentos "encalhados", dando início à organização.

"Recentemente o Brasil bateu recorde de desnutrição infantil, no total 33 milhões de pessoas estão em insegurança alimentar grave. Com a pandemia, com os restaurantes e feiras fechando, fiquei com uma tonelada e meia de hortaliças dentro das minhas estufas sem ter pra quem vender, como jogar isso fora? eu não tive coragem", explicou ela ao "É de Casa".

"Então eu fui conversar com os meus vizinhos e pedi pra que eles não jogassem fora, não demitissem os funcionários, e tentei arranjar uma solução. Fui daqui até minha casa chorando, pedindo a Deus que me iluminasse pra arrumar uma solução, e a solução foi fazer uma vaquinha. Na semana seguinte, que inclusive era a semana santa, nós já conseguimos doar mais de duas toneladas por dia para as comunidades e favelas ao redor de São Paulo. E assim nasceu o 'Faça um bem incrível'".