Atriz brasileira entra em 'Daisy Jones' com história não contada no livro
Brasileira, a atriz e cantora Nabiyah Be, 30, mostrou sua potência vocal ao contar a história de Simone Jackson na série "Daisy Jones & The Six", do Prime Video.
Na adaptação do livro homônimo de Taylor Jenkins Reid, conhecemos melhor a personagem, que é uma das pioneiras da música disco nos Estados Unidos.
Simone reforça a verdade que foi a importância da música disco para a comunidade queer
Nabiyah Be
Conhecida por interpretar a vilã Linda em "Pantera Negra" (2018), Nabiyah é filha do cantor de reggae jamaicano Jimmy Cliff com uma brasileira. Ela nasceu em Salvador, na Bahia, mas foi radicada nos Estados Unidos, onde estreou na atuação.
A carreira musical, porém, foi iniciada muito antes. A cantora já foi backing vocal de grandes artistas brasileiros, como Daniela Mercury — que a introduziu na indústria — e Carlinhos Brown. Mas foi com "Daisy Jones & The Six" que pôde mostrar seu talento ao mundo.
Pioneira disco
Simone serve mais de apoio à sua melhor amiga, a protagonista Daisy Jones, no livro. Já na minissérie, ela ganha um arco próprio "enriquecedor", define Nabiyah em entrevista a Splash.
Por sua trajetória ser desconhecida aos leitores — sabe-se apenas que ela é uma cantora disco que, em certo momento, se muda de Los Angeles para Nova York —, a atriz confessa que sentia uma grande responsabilidade em "expandir" a história da personagem.
"Eu estudei muito a música disco e conversei com os nossos produtores e diretores sobre o que sentia por estar vivendo aquela história, sendo uma das poucas pessoas pretas naquele espaço."
Nos episódios, descobrimos que Simone é queer e que um dos motivos para sua mudança ao outro lado do país é um romance. Ela tem que enfrentar o preconceito e as barreiras impostas na indústria musical às pessoas pretas e LGBTQIA+ , enquanto a banda Daisy Jones & The Six brilha no topo das paradas musicais.
"Uma das primeiras informações que me deram foi que ela seria queer. Eu achei super impactante e importante, porque realmente reforça a importância da música disco para a comunidade queer."
O gênero surgiu em circuitos underground de Nova York e foi popularizado por imigrantes, latinos e pessoas queer.
Criação dos vocais
Nabiyah também conta que participou na escolha das canções e aproveitou a sua experiência para construir os vocais.
"Somos ambas cantoras. Eu também sei o que é navegar essa indústria como compositora, tentar trazer uma sonoridade nova, um gênero novo para um público que talvez soe muito estrangeiro para certos ouvidos."
No entanto, eles precisaram ser adaptados ao estilo dos anos 1970.
"Eu tive que ser mais astuta na minha escuta para que a Simone soasse como uma cantora americana de soul nos anos 1970."
Mas não foi tão fácil quanto pode parecer. Ela chegou a, inclusive, regravar alguns takes de "A Song For You", cantada por Simone na série, para ter mais o estilo da personagem, e não o seu.
Já quanto às diferenças, Nabiyah fala que Simone é muito mais paciente em certas situações em que ela gostaria de poder defender a personagem.
"Ela teve que engolir muito sapo, ser muito silenciada e escolher o silêncio. Então eu tive um pouco de dificuldade em alguns momentos, porque quis muito advogar por ela, falar por ela", completa.
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