Não é só a CNN: Globo também já foi alvo de Pedro Cardoso: 'Disneylândia'
Pedro Cardoso, 60, criticou a própria CNN Brasil e o modo como a emissora pauta os acontecimentos diários.
Na ocasião, os apresentadores da atração comentavam a notícia de que a ex-presidenta Dilma Rousseff foi indicada para presidir o Banco do Brics e chamaram o ator para dar a sua opinião sobre o assunto.
Além da CNN, o ator também já atacou a Globo, na qual ele trabalhou por 26 anos. Em julho de 2022, durante o programa UOL Entrevista, ele apontou erros e equívocos da emissora.
"Sempre falei que o defeito da Rede Globo era tentar criar um país que parecia uma Disneylândia", declarou na ocasião. Ele deixou a telinha em 2014.
"Minha última desavença lá foi no 'Fantástico', que tentei colocar um quadro sobre a realidade, mas as pessoas que dirigem queriam criar o país que parece que é fantástico."
"Mas o país não é fantástico. O programa deveria se chamar 'É uma desgraça', e não 'Fantástico'. Essa negação de aceitar o Brasil é o erro da TV Globo", completou.
Na época da entrevista, ele também criticou o então governo de Jair Bolsonaro e destacou a importância de se lutar por uma democracia.
Desprezo pelo trabalho
Os primeiros comentários foram feitos durante a entrevista do ator ao programa 'Pânico', da Jovem Pan, em 2016. Pedro Cardoso afirma que propôs projetos para seguir na Globo após o fim de 'A Grande Família'.
Eu achava que a TV Globo me ofereceria um horário para eu desenvolver um projeto autoral. Tiveram o mais absoluto desprezo pelo meu trabalho lá dentro.
Na época, ele já citava o quadro de improviso no 'Fantástico'. "Não gostaram, talvez porque brigava com o mundo do faz de conta que a televisão propõe", disse a Jovem Pan.
"A interrupção da minha relação com a Globo se deu, eu acredito, por decisões administrativas. Houve uma mudança no mercado, chegou um momento em que eu tinha um salário muito alto", concluiu o ator.
Tristeza após demissão
O artista voltou a comentar sobre o assunto no 'Programa do Gugu', da RecordTV. Em conversa com o apresentador gravada também em 2016, o Cardoso conta que ficou chateado após a demissão.
"Fiquei tristíssimo. Eu merecia ter um projeto meu. Fizeram uma má avaliação empresarial, deveriam ter olhado para mim, observado o resultado do meu trabalho em tantos anos, e analisado se eu conseguiria capitanear um projeto", observou.
Pedro também reforçou que "ganhava muito bem" na TV Globo e se preparou para não enfrentar problemas financeiros após o término do vínculo.
O desligamento foi gentil, queriam que eu fosse para lá conversar. Eu disse saber o que estava acontecendo. Quando apresentei os projetos, percebi a existência do desinteresse.
'Agostinho não me deixou rico'
Em 2019, em entrevista ao programa 'Provocações', da TV Cultura, o artista afirmou que a Globo foi quem lucrou com Agostinho, presente nas 14 temporadas de "A Grande Família".
"O Agostinho não me deixou rico. Quem ficou rica com o Agostinho foi a Rede Globo, que é a capitalista naquele negócio. É quem tem possibilidade de ficar rica. Tenho 57 anos e não tenho uma economia que me possibilite não trabalhar", disse o ator.
Pedro também reforçou a importância da "convicção da responsabilidade social" durante o papo.
Se eu não acordar de manhã e for trabalhar, não tem uma estrutura de exploração do trabalho de outras pessoas que faz dinheiro para mim, em que eu apenas emprego o meu capital ali. Não acho isso uma relação justa. É algo que produz pobreza.
O que aconteceu ontem?
Na noite de sexta, o alvo de Pedro Cardoso foi a CNN. Em participação ao vivo em um programa da casa, o 'CNN Arena', ele foi convidado a opinar sobre a indicação da ex-presidenta Dilma Rousseff ao Banco do Brics.
"Eu não sou um especialista nos assuntos que vocês estão tratando, eu sou um ator", começou Cardoso. Depois, ele criticou o fato de o programa gastar minutos para avaliar se Dilma é ou não qualificada para cargo ao qual foi indicada.
"O público fica refém dessa espontaneidade", completou o ator. Na mesma atração, ele ainda detonou o senador Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato, lembrando do seu papel à frente a operação.
"Estamos aqui falando há 10 minutos de uma pessoa chamada Sergio Moro e ele está sendo tratado como se merecesse todo o nosso respeito. Como se fosse uma pessoa muito digna, muito correta, enquanto ele é uma pessoa que tramou junto a um acusador para colocar uma pessoa na cadeia", pontuou.
Hoje, por meio das redes sociais, o artista afirmou que a participação no programa "CNN Arena" (CNN Brasil) foi um dos "momentos mais nebulosos" da vida pública dele.
"Logo no começo do espetáculo, quando o tema era um interminável insistente questionamento sobre os talentos de Dilma para assumir o comando de um banco, eu me percebi confinado na linguagem dos meus anfitriões", escreveu, no Instagram.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.