'Parado' e 'confuso', 'Skinamarink' tinha tudo para dar errado, mas não deu
Um dos grandes problemas enfrentados por fãs de filmes de terror é falta de novidade nas produções. Depois de um certo tempo, o público já identifica os padrões e os longas se tornam "mais do mesmo". No entanto, um título chegou recentemente às salas de exibições brasileiras e tem chamado bastante a atenção por sua inventividade: "Skinamarink - Canção de Ninar".
Tido como uma "produção experimental", o filme é a estreia de Kyle Edward Ball e custou apenas U$ 15 mil, cerca de R$ 79 mil na cotação atual. Com uma arrecadação até o momento de US$ 2 milhões (cerca de R$ 10 milhões), já é possível dizer que o título é um sucesso.
O que chama a atenção quando pensamos na fama de "Skinamarink - Canção de Ninar" é que ela vem de um lugar "inesperado": do TikTok e do Twitter. As redes sociais tornaram tudo mais dinâmico, rápido e de fácil entendimento, e esse são adjetivos que não poderiam estar mais distante do que é entregue pelo filme.
Qual a história?
Assim como "Bruxa de Blair", "Skinamarink - Canção de Ninar" é no estilo de "filmagem encontrada" ("found footage" em inglês) e se passa em 1995, na casa de uma família.
O roteiro acompanha dois irmãos pequenos que acordam durante a noite e não encontram seus pais. Para piorar, eles percebem que as portas e as janelas estão desaparecendo. No entanto, não estão sozinhos, pois há uma presença macabra no local que conversa com as crianças.
Dá medo?
Sentir medo é algo subjetivo e vai de cada um, mas é possível dizer que a atmosfera é bastante aterrorizante. A estética é antiga, com qualidade baixa, e os sons são abafados, com ruídos. A ideia de não enxergar ou ouvir direito é assustadora.
A premissa de acompanhar duas crianças vivendo um "pesadelo" pode despertar os mais diferentes sentimentos em quem assiste, como reviver traumas e medos do passado.
De onde surgiu?
"Skinamarink - Canção de Ninar" tem todas as características para ser considerado um filme cult e ser conhecido em pequenos nichos de amantes de terror, mas não foi o que aconteceu. Mesmo sendo taxado como "parado" e "confuso" por conter diversos planos demorados, nos quais o público é obrigado a contemplar a imagem da parede de uma casa e por um roteiro sem muitas explicações ou respostas, o filme acabou fazendo sucesso nas redes sociais ao ser vazado.
No entanto, se ele não tivesse sido disponibilizado de maneira ilegal na internet, a probabilidade de "Skinamarink - Canção de Ninar" chegar ao circuito comercial brasileiro de cinema seria quase nula. Foi o barulho feito nas redes, somado ao título de "filme de terror inovador" que elevou a produção ao sucesso.
O que quer dizer?
O nome do filme pode causar estranhamento, mas "Skinamarink" não tem um significado certo. A palavra é o título de uma canção de ninar - dai vem o subtítulo - bastante cantadas em países de língua inglesa.
Uma versão brasileira foi feita pela Xuxa.
As críticas
A opinião quanto ao longa são divergentes: enquanto a crítica gosta do filme, com 71% de aprovação no Rotten Tomatoes - agregador online de críticas -, apenas 44% do público dá uma nota positiva. "Para alguns pode ser assustador, mas para muitos espectadores, 'Skinamarink' é assustadoramente monótono", diz o site.
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