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Haddad 'bundão', fora de Monalisa: as tretas de Copolla, contratado da CNN

Caio Coppolla volta à CNN Brasil após cinco meses da demissão da Jovem Pan - Reprodução/YouTube
Caio Coppolla volta à CNN Brasil após cinco meses da demissão da Jovem Pan Imagem: Reprodução/YouTube

De Splash, em São Paulo

01/04/2023 11h25

Caio Coppolla, 35, é o mais novo contratado da CNN Brasil. Splash apurou que o jornalista volta ao canal pago para ser, novamente, um dos debatedores do quadro O Grande Debate — que deve retornar à grade ainda neste mês.

Logo após Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencer o pleito para presidente da República, Coppolla foi demitido da Jovem Pan News. Segundo o colunista Ricardo Feltrin, de Splash, entre os motivos para o encerramento do contrato seria a pouca participação em gravações e pedido para tirar "férias" pouco tempo após assinar o contrato.

O colunista Fefito, também de Splash, noticiou que a direção da rádio planejava reposicionar a sua cobertura após a derrota de Jair Bolsonaro (PL). Procurada à época da demissão, a Jovem Pan não comentou a saída de Coppolla.

Esta será a segunda vez de Caio Coppolla como contratado da CNN Brasil. A passagem do comentarista político pelo grupo foi marcada por embates acalorados com seus adversários de debate. Entre eles está a advogada Gabriela Prioli, hoje apresentadora do Saia Justa (GNT), e a apresentadora Monalisa Perrone.

Splash reuniu as principais polêmicas recentes do comentarista político. Relembre os casos:

Treta com Fábio Porchat

Em participação no podcast Cara a Tapa, o humorista Fábio Porchat, 39, detonou a atuação de Coppolla como comentarista político.

"Acho [Coppolla] quase satírico, quase alegórico. É tão louco uma coisa daquelas. E o Augusto Nunes, eu acho tão de um polo [exagerado]", disse.

O bacharel em direito respondeu Porchat em um Boletim Coppolla, da Jovem Pan News. No quadro, Coppolla disse que a "balança moral do comediante está desequilibrada", e o criticou por não querer ter um filho que fosse eleitor de Bolsonaro.

"Imagina você criar um filho e ele votar no Bolsonaro. Caralh*, Deus me livre disso. Ele virou um débil mental. Eu morro de medo de ter filho idiota, burro, que maltrata os outros. Imagina ter um filho babaca", disse Porchat no podcast Papagaio Falante.

Caio, então, comentou: "Insinuando [os eleitores do Bolsonaro] que seriam burros, idiotas e sádicos, gente que só quer o mal aos outros. Cadê toda aquela empatia? Cadê aquele amor que a gente está precisando tanto?"

Xingamento a Haddad

Em agosto, Caio se irritou com Fernando Haddad, então candidato ao Governo de São Paulo, por faltar à sabatina da Jovem Pan News.

"Eu faço questão de dedicar algumas palavras a Fernando Haddad, o fujão da vez. Parece que o candidato líder nas pesquisas ao Governo de São Paulo se acomodou na sombra de Lula e acha que a reputação do ex-condenado por corrupção será suficiente para alçá-lo ao comando do Estado mais rico da federação. Do engano, as pesquisas eleitorais apontam para uma disputa acirrada em São Paulo", iniciou o comentarista.

Em agosto de 2020, o petista apostou a seguinte provocação na sua conta do Twitter: 'É bundão que chama o cara que foge de debate?'. Bom, eu não faço a menor ideia. Será que o Haddad também se considera um bundão por ter faltado a sabatina da Jovem Pan? Caio Coppolla

Debate com Prioli

Um dos primeiros embates que Coppolla travou na CNN, e talvez um dos mais marcantes, foi com Gabriela Prioli no quadro O Grande Debate. Ela e o comentarista político debatiam o governo Bolsonaro, quando Coppolla defendeu o presidente ao falar sobre os atritos entre os poderes Legislativo e Executivo.

Gabriela então argumentou: "Ele mente dizendo que não convocou as manifestações, sendo que ele fez uma fala pública, chamando as pessoas para as ruas, em Roraima. E é curioso, quando ele diz que a gente precisa deixar de lado a picuinha depois de ter passado o dia inteiro chancelando manifestações, que aconteceram no meio de uma pandemia. Bolsonaro mantém uma personalidade tão egoísta, que ele é capaz de colocar o interesse dele em detrimento do interesse do povo brasileiro".

Nas redes sociais, muitos argumentaram que Prioli teria "jantado" o colega de debate.

Alguém por favor dê um OSCAR pra @PrioliGabrielapic.twitter.com/qDDOCjLo2T

? Felipe Neto (@felipeneto) March 16, 2020

Rebatido pela direção da CNN

Em uma das situações mais tensas na CNN, o comentarista foi rebatido pela própria direção da emissora. Depois de um período afastado por motivos de saúde, ele retornou ao canal e defendeu que o isolamento social deveria ser realizado apenas para os grupos de risco.

"O nosso comentário poderia estar sendo feito de casa, mas por uma questão meramente estética e cosmética, a gente vem ao estúdio e assume o risco de sermos contaminados e estamos aqui trabalhando. Estamos pesando a relação entre saúde e economia. Por que os trabalhadores em casa não têm o mesmíssimo direito que a gente tem aqui na CNN? Pessoas que estão em grupo de risco estão isoladas. Por que a gente quer impor algo tão diferente? O que nos torna melhores ou piores que o cidadão que está em casa, impedido de trabalhar?", declarou ele.

Pouco tempo depois, Caio foi interrompido por Monalisa Perrone, que afirmou ter uma mensagem da direção do canal.

"A CNN Brasil deixa muito claro que segue as regras e, para lembrar a todos, os debatedores, os senhores e as senhoras que nos acompanham, o trabalho da imprensa no mundo inteiro é considerado um trabalho essencial nesse momento de pandemia. Quem diz isso não sou eu, é a Organização Mundial da Saúde."

Lição de moral de Monalisa

No quadro O Grande Debate", o bacharel em direito também discutiu com Augusto de Arruda Botelho, advogado criminalista, enquanto debatiam se o vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril de 2020 deveria ser liberado pela Justiça.

"Eu não sou garantista, doutor. Me ponha fora da sua laia. A minha biografia... Eu não faria o que você faz, doutor, nem por todo o dinheiro do mundo", declarou Caio.

Monalisa Perrone, que mediava a conversa, rebateu Coppolla: "Uma coisa tem de ficar muito clara: essa frase 'eu não sou da sua laia' não pode ser proferida. Então, estou falando aqui para você, Caio. Nós temos que ter —nós três— o compromisso de termos respeito um pelo outro. Foi exatamente esse o texto que eu falei com vocês quando nós tivemos o primeiro debate. Então, para as funções de cada um, isso não interessa, e o debate está colocado".