Topo

Após denúncias, ex-Playboy expõe em série mortes relacionadas à revista

De Splash, em São Paulo

06/04/2023 04h00

Holly Madison, 43, é um dos nomes mais expressivos quando o assunto são denúncias contra a Playboy. A ex-coelhinha já escreveu um livro sobre o tema e lançou o podcast "Girls Next Level", em conjunto com a ex-colega de Mansão Playboy Bridget Marquardt. As duas ganharam fama mundial ao estrelarem as séries "The Girls Next Door" e "Girls of the Playboy Mansion", que mostravam a rotina das namoradas de Hugh Hefner, o criador da revista.

Hoje, Holly é bastante vocal quanto a abusos que sofria à época, e já afirmou ter medo de sofrer "pornô de vingança", disse que Hefner tirava fotos de mulheres embriagadas nuas, e também sofre com abusos sexuais e psicológicos. Agora, Holly também participa e é produtora executiva do documentário "Playboy: Fama e Morte", que estreia dia 15 de abril, às 20h30, no ID, e no discovery+.

No decorrer de seis episódios, a série destrincha mistérios e mortes relacionados à Playboy. Por exemplo, logo no primeiro episódio, somos apresentados ao misterioso assassinato da modelo e apresentadora vinculada à Playboy Jasmine Fiore. À época o caso ganhou notória repercussão na mídia, especialmente porque ela foi encontrada morta e esquartejada em uma lixeira, enquanto seu então marido se dirigia para a fronteira com o Canadá. Seu corpo foi reconhecido pelo silicone.

Outros nomes que serão abordados ao decorrer do programa são: Stacy Arthur, Carole Gold e seu marido Charles e Carlin Kraft.

A Splash, Holly Madison conta que ficou muito empolgada quando foi abordada para trabalhar no documentário.

"Gostei de fazer parte da narrativa dessas histórias, porque muitas das histórias eu nem tinha ouvido falar", contou. "Foi bem pesado, só porque você obviamente está entrando nessas histórias de vida e morte. E realmente queremos fazer um ótimo trabalho contando isso de um ponto de vista empático para com as vítimas e compartilhar mais sobre quem as vítimas eram como pessoas."

Holly conta que sempre tentou se colocar no lugar das vítimas, para entender como gostaria que a história fosse contada. Para ela, mesmo com o peso de abordar assassinatos, é positivo que uma produção como esta exista, pois assim é possível conscientizar as pessoas para não acontecer novamente.

"Definitivamente senti muita empatia com as vítimas, pude me relacionar com muitas de suas experiências. E muitas vezes, quando você se sente assim, você se sente como: poderia ter sido eu", disse.

Espero que a série consiga mostrar o quão humanas todas essas pessoas eram, e como isso realmente poderia acontecer com qualquer um.

Holly Madison, ex-coelhinha da Playboy, afirma que a famosa mansão da revista é mal-assombrada - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Holly Madison, ex-coelhinha da Playboy, afirma que a famosa mansão da revista é mal-assombrada
Imagem: Reprodução/Instagram

A ex-coelhinha se aproveita da alta das redes sociais e da popularidade de conteúdos de crime reais para dar o protagonismo às vítimas.

"Acho que agora temos muita sorte de viver em uma época em que as pessoas estão começando a ouvir a história de todos porque todos têm acesso às mídias sociais. Agora, você pode ouvir todos os lados das diferentes histórias e as pessoas estão muito mais abertas para ouvir as histórias das mulheres agora e ouvir mais sobre as vítimas e o que aconteceu com elas."

A mudança de perspectiva da sociedade traz também um alívio para Holly Madison, que estava acostumada a lidar com comentários machistas e perguntas invasivas da imprensa enquanto divulgava "Girls Next Door" e "Girls of the Playboy Mansion".

"Ninguém nunca nos perguntava nada sobre nossas personalidades ou interesses ou o que queríamos fazer ou ser. Nos perguntavam apenas sobre sexo e tentavam o obter detalhes realmente pessoais de nós. Era muito chato."

Respondia as mesmas coisas, ano após anos.

'Surpreendente para mim'

A Splash, Holly contou que o que mais a chocou durante a produção de "Playboy: Fama e Morte" foi descobrir que, nos anos 1990, havia uma linha telefônica para que os fãs ligavam e conversavam com as coelhinhas da Playboy.

"Isso acabou tendo consequências mortais para Stacy Arthur e foi surpreendente para mim."

Holly Madison é produtora de 'Playboy: Fama e Morte' - Divulgação/ Jeremy Freeman - Divulgação/ Jeremy Freeman
Holly Madison é produtora de 'Playboy: Fama e Morte'
Imagem: Divulgação/ Jeremy Freeman