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Mamonas Assassinas: atriz revela momentos sobrenaturais ao gravar série

De Splash, no Rio

10/04/2023 04h00

Os integrantes do Mamonas Assassinas faleceram há 27 anos em um acidente aéreo que chocou o país. Agora, a história do quinteto de músicas divertidas chega às telonas e telinhas com "O Impossível Não Existe", projeto que será lançado nos formatos de filme e série.

Uma das estrelas da produção é a atriz Fefe Schneider, 21. Conhecida por narrar fatos e crimes reais no TikTok, ela vai realizar o sonho de atuar em uma produção baseada em um acontecimento real.

Em bate-papo com Splash, ela conta detalhes dos bastidores das gravações, que aconteceram nas primeiras semanas do ano, e revela momentos sobrenaturais.

"O acidente parou o Brasil de fato, então, eu já cheguei às gravações querendo descobrir tudo sobre eles. As famílias dos meninos estavam muito dispostas a conversar. Fiquei sabendo de várias fofocas, pude acessar histórias legais. Dentro do set, várias coisas bizarras aconteceram."

"No dia que gravamos o último show, estava um sol absurdo e, do nada, o tempo fechou faltando dez minutos para começar a gravação, todo mundo maquiado, começou uma chuva de cair o mundo em Guarulhos. Todas as luzes acabaram. 'A gente vai cancelar a gravação?' A gente ficou esperando o que a prefeitura ia fazer porque deu um breu total. E só uma luz acendeu, uma luz em cima da brasília amarela. O estacionamento inteiro apagado e a luz piscando em cima da brasília amarela."

Ela garante que houve momentos nos quais todos ficaram arrepiados por reproduzir momentos marcantes de forma tão real. Para exemplificar, ela fala da cena que recria o discurso realizado por Dinho no último show. Uma frase dita pelo vocalista, inclusive, dá nome ao projeto: "O impossível não existe".

"O Ruy (Brissac, ator) refez e ficou idêntico. Não era para chorar em cena, mas eu estava me debulhando em lágrimas. Parecia que a gente estava lá em 1995. O Ruy é muito parecido com o Dinho, dá nervoso de ver."

A atriz acredita que esses momentos "de arrepiar" nos bastidores vão ficar nítidos em cena. As pessoas vão perceber a presença dos integrantes dos Mamonas ao assistir.

Esses momentos eram de arrepiar e você sentia a presença deles. Eu entrei na brasília amarela original, fiquei dois segundos dentro e comecei a sentir calafrios, a ficar arrepiada, pelo amor de Deus... De fato, os meninos estão felizes com o projeto.

Como vai ser o filme/série?

O filme biográfico não é focado na tragédia, apesar de estar presente no roteiro. Narra as aventuras dos amigos de Guarulhos (SP) antes da fama e deles formarem a banda de rock, que chegou a ter outros nomes: Ponte Aérea e Utopia. A produção vai mostrar que as letras com duplo sentido e cheias de zoeiras eram brincadeiras que, por acaso, viraram coisa série graças a um produtor que identificou o potencial.

Os fãs vão poder ver a brasília amarela original em cena, assim como figurinos — roupas e chapéus — originais usadas por eles nos anos 90 e a bateria do Sergio.

"Senti honra de estar fazendo parte do projeto... Não cheguei a ser fã na época porque eu não era viva, mas conheço muita gente que foi fã. Meu namorado teve uma festa com o tema dos Mamonas com 3 anos. Então, poder conversar com a família, com os pais do Dinho, foi muito legal. Os familiares pensam que 'os meninos tinham muita alegria, eles não iam querer que a gente ficasse remoendo e triste'."

Formada em Artes Cênicas, Fefe dá vida a Adriana, representando as namoradas que Dinho teve. "Ele tinha o sonho de ser pai. O relacionamento deles é lindo. A maneira que eles se conhecem é muito legal. Eu era loira, fiquei morena. joguei fora meu sotaque carioca e botei para jogo o meu paulista", diz a Splash.

O filme/série é uma produção da Record em coprodução com Sony Channel e Total Filmes. Os atores Beto Hinoto (como Bento, violão e guitarra), Adriano Tunes (Samuel Reoli, baixista), Robson Lima (Julio, tecladista) e Rhener Freitas (Sérgio Reoli, baterista) completam os integrantes do grupo.

Veja imagens dos bastidores:

A relação com o TikTok

Fefe começou a fazer vídeos no TikTok durante a pandemia enquanto morava nos Estados Unidos. Ela foi incentivada pela mãe, no entanto, a princípio, a atriz rejeitou a possibilidade. "Mãe, eu não vou dançar, não sei fazer passos doidos", disse à época.

Até que ela identificou uma lacuna na rede social: poucas mulheres narravam teorias da conspiração e crimes reais na plataforma de vídeo — algo que já estava em alta durante a pandemia no país norte-americano.

"A gente tem que ouvir todos os lados. Afinal de contas, só sabe o que aconteceu de fato é vítima e o culpado... Tem que se falar dos crimes para as pessoas saberem o que é certo e errado. Tem que falar 100% do que é real."