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Luciana Mello sonhava em cantar desde criança: 'Queria ser Michael Jackson'

Colaboração para Splash

20/04/2023 14h00

Os palcos são como uma segunda casa para Luciana Mello, 44 - e não só por conta de suas quase quatro décadas de carreira musical. Filhos do cantor Jair Rodrigues, ela e o irmão, Jair Oliveira, praticamente cresceram entre instrumentos, camarins e casas de shows.

"Eu sempre soube que queria estar no palco, desde criança. Meu sonho de infância era ser o Michael Jackson. Eu o via cantando, dançando, atuando, e falava: 'quero fazer tudo isso'", recorda Luciana, em entrevista ao programa De Lado com Fefito, de Splash.

Artista cita e o pai Jair Rodrigues e afirma jamais ter se imaginado em outra carreira - muito menos nas mais tradicionais. "[Uma vez] meu irmão perguntou: 'pai, se o senhor não fosse cantor, o que o senhor seria?' Ele nem pensou e falou: 'eu tentaria ser'."

"Essa foi uma das respostas que mais me marcaram na vida, porque entendi que ele não tinha opção - e eu também não tenho. Cantar é o que sei fazer, o que amo fazer", derrete-se.

'Sempre me arrepio quando conto'

Luciana Mello afirma que gosta de ver o impacto da música e dos seus shows no público. Um desses relatos envolve a canção "Tchau", uma composição de Jair Oliveira que Luciana gravou em 2015 - e logo se tornou um hit de seu repertório.

"Quando cantei a música [em certo show], uma mulher [na plateia] chorava, chorava... Depois veio e falou: 'preciso contar para vocês. A minha filha estava em um casamento abusivo por 10 anos, e ela só conseguiu se livrar ouvindo a música 'Tchau' em looping'", recordou a cantora.

"Fico muito feliz de saber [de casos assim], porque essa é a minha missão aqui. Sempre conto essa história, porque me emociona muito. Sempre me arrepio quando conto", derrete-se.

Sobrevivendo à pandemia

Justamente por essa afinidade tamanha com a música, Luciana Mello encarou um vazio existencial considerável quando a pandemia da covid-19 fez com que artistas no Brasil e no mundo precisassem parar de cantar.

"O nosso trabalho [do artista] é o primeiro a parar, sempre. Quando acontece qualquer problema no mundo, o primeiro que dança é a cultura e o evento. Na pandemia, foi o primeiro a parar e o último a poder voltar", lamenta ela.

"Fora o desespero disso tudo, eu me perguntava: 'cara, o que é que eu sei fazer? Não sei o que sei fazer! Me preparei a vida inteira para isso, estudei a vida inteira para fazer o que faço'", admite Luciana.