Quem foi a 'assassina do machado', que matou a melhor amiga com 41 golpes?
Candy Montgomery era uma dona de casa americana, religiosa e, até então, inofensiva. Ela poderia ser uma pessoa comum, se não fosse por um crime cometido por ela no dia 3 de junho de 1980, quando matou, com 41 machadadas, a sua melhor amiga, Betty Gore.
Hoje com 73 anos, a assassina teve a sua história retratada na minissérie "Amor e Morte", da HBO Max, protagonizada por Elizabeth Olsen, conhecida por ser a Feiticeira Escarlate da Marvel. O elenco conta também com Jesse Plemons e Krysten Ritter, ambos de "Breaking Bad", e a série estreia hoje na plataforma de streaming.
O começo
A vida de Candy era pacata, com uma típica rotina de uma dona de casa moradora de Wylie, Texas. Nascida em 15 de novembro de 1949, sempre foi bastante religiosa.
Sua família fazia parte da Igreja Metodista e ela se casou com o engenheiro eletrônico Pat Montgomery, com quem teve dois filhos.
Candy era bastante admirada e querida pelos colegas de igreja: era professora de religião da comunidade e dona de uma pequena empresa de decoração.
Em um dos encontros religiosos, ela conheceu os Gore, outro casal que também frequentava os cultos. Candy se tornou amiga de Betty, uma professora do primário casada com Allan Gore, com quem tinha uma filha.
Candy e Allan se conheceram e começaram a se sentir atraídos um pelo outro durante um jogo de vôlei em 1978.
Os dois começaram um caso extraconjugal, mas com algumas regras para que o romance desse certo: estava decidido que entre eles aconteceria apenas sexo, a cada duas semanas, em um motel. Foi "instituído" ainda que Candy faria o almoço do casal, e os custos da comida e da hospedagem seriam divididos entre os dois. Decidiram também que caso um ou outro começasse a ter sentimentos mais amorosos, o caso terminaria.
Mesmo traindo a esposa, Allan teve a sua segunda filha com Betty, em julho de 1979. Por isso, se afastou da amante para se dedicar à família.
O crime
Candy contou em seu depoimento que, no dia 13 de junho, Betty foi buscar o maiô de sua filha que tinha ficado na casa dos Montgomery. Durante o encontro das duas, a visitante teria confrontado a amiga, dizendo saber do caso que Candy manteve com seu marido.
Betty teria pedido à Candy para nunca mais transar com Allan, mas mesmo assim se descontrolou e foi para cima da amiga.
Candy deu 41 machadadas em Betty.
O corpo foi encontrado por vizinhos e logo as investigações já começaram a apontar para Candy como a responsável pela morte violenta, afinal ela deixou diversos rastros que a incriminam.
Allan também contou à polícia sobre o relacionamento que manteve com a assassina, deixando-a como a principal suspeita.
O julgamento
Candy assumiu a autoria do crime, mas alegou autodefesa. Segundo contou, Betty teria a atacado primeiro com um machado. Então, ela teria se desvencilhado do ataque, pegado o machado e desferido os 41 golpes na amiga.
O júri do caso considerou Candy inocente. Ele era composto por nove mulheres e três homens. O procurador responsável pelo caso tentou argumentar que 41 machadadas eram um exagero e a mulher poderia ter deixado o local logo depois da primeira, mas não conseguiu convencê-los.
O caso extraconjugal não impediu que o marido de Candy ficasse ao lado da esposa durante todo o processo e a perdoasse pela traição. Eles apenas se separaram quatro anos depois.
Anos depois, ela mudou o nome para Candy Wheeler e trabalhou como terapeuta familiar no estado de Georgia, nos Estados Unidos. Mesmo considerada inocente, a mídia considera Candance Lynn Montgomery como a assassina do machado até hoje.
A série da HBO Max estreou hoje, mas não é a primeira produção a retratar a história: em setembro de 2022, o Star+ lançou "Candy", sobre a assassina.
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