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Afogamento, cobra e jacaré: quem é tiktoker que entregou capivara ao Ibama?

De Splash, em São Paulo

29/04/2023 04h00

O tiktoker Agenor Tupinambá, 23, conhecido por mostrar sua rotina com uma capivara, disse ontem que entregou o animal ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

O influenciador divulgou uma nota ontem para informar que a capivara conhecida como Filó foi entregue ao Instituto após "dias de muito diálogo".

Agenor mora na cidade de Autazes (AM) e estuda Engenharia Agronômica na UFAM (Universidade Federal do Amazonas), disse em entrevista ao Gshow. Ele conta com 1,6 milhão de seguidores no TikTok e mais 1 milhão no Instagram.

O influencer afirmou levar "uma vida de vaqueiro". "Trabalho na fazenda, sou pecuarista, assim como meu pai e meu avô. Fico com a parte leiteira da fazenda, tirando leite das búfalas, ajeitando cerca, roçando o campo".

'Amazônia não é só mata'

Um dos seus objetivos de Agenor é mostrar que a "Amazônia não é só mata", comentou ele no papo com o Gshow.

"Já me perdi no meio da mata com meu irmão e foram horas para tentar sair. (Tive) encontros inusitados com cobras e jacarés. Eu me afoguei no rio muitas vezes. Apesar dos meus búfalos serem carinhosos, eles também ficam estressados às vezes".

Agenor também contou morar com a mãe, o irmão e a cunhada. Ele tem duas irmãs que moram Manaus. O pai mora em uma fazenda próxima.

"Eu não conheço muitos ribeirinhos influencers que mostram a verdadeira vida do interior, os perrengues, as faltas, as dificuldades e também as paisagens, os animais, as coisas incríveis que aqui existem", completou.

'Sem tentativa de exploração'

O tiktoker admitiu que errou ao viver com a capivara, mas disse que os "equívocos" foram "inconscientes, sem má índole e nem qualquer tentativa de exploração". Segundo ele, nenhum vídeo com Filó trouxe "qualquer resultado financeiro"

Para pagar a multa, ele divulgou uma vaquinha para arrecadar dinheiro. Agenor destacou que "todos também sabem das minhas condições, onde moro e como vivo" e que "infelizmente, não tenho como pagar esses valores".