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Sérgio Hondjakoff após 12ª alta: 'Não tem um dia que eu não me arrependa'

Sérgio Hondjakoff teve alta após 10 meses de internação - Reprodução/Twitter/Fofocalizando
Sérgio Hondjakoff teve alta após 10 meses de internação Imagem: Reprodução/Twitter/Fofocalizando

De Splash, em São Paulo

02/05/2023 08h53

Sérgio Hondjakoff, 38, falou ao Fofocalizando após ter alta da sua 12ª internação devido à dependência química:

Arrependimentos: "Não tem um dia que eu não me arrependa, que eu pense: 'eu tive oportunidades de ouro, que muita gente queria ter tido'. Eu meio que joguei fora. Tenho esperança de dar a volta por cima, eu gostaria de fazer bons trabalhos na TV, não só em obras de ficção como também em programas de variedade".

Importância da fé durante o tratamento: "O apego com Deus é muito importante, a fé tem um papel primordial. Eu sempre tive fé, mesmo quando comecei minha história com substâncias, meu uso de drogas, nunca perdi a fé".

Início do uso de drogas: "Eu era um adolescente que tinha umas paixões platônicas, insatisfações pessoais, muito inseguro, um pouco obeso, sofria um pouco de bullying por causa de obesidade. Comecei a emagrecer e, na adolescência, quis experimentar por complexos de inferioridade, inseguranças minhas. Eu achava: 'ah, vou fumar porque com certeza aquele fulaninho já fumou, ele é muito esperto, já sai para baladas, é todo pra frente. Eu fui influenciado por isso, um pouco por inclusão social, por querer ser aceito. Eu tinha entre 13 e 14 anos".

Eu ficava horas lá no Projac gravando cena, era um ritmo muito intenso, e aí quando eu chegava em casa à noite, eu chegava muito elétrico. Acabava que eu tinha que fumar para conseguir dormir. Eu comecei a ficar muito deprimido, sem energia, muito sonolento, foi quando eu conheci a cocaína, eu tinha 15 anos. Eu usei, gostei muito, me trouxe um aconchego mental, uma sensação de segurança. Eu fiquei até com medo, porque não achei que ia gostar tanto.

Live em que ameaçou o pai de morte: "Eu tinha usado uma dose cavalar de cocaína de uma vez, então fiquei muito alterado. Eu comecei a sofrer, peguei o celular para desabafar. Meu pai achou aquilo ridículo, ele deu as costas e saiu andando, eu comecei a ficar triste que ele não se comoveu com a minha situação. Ele também não tinha obrigação de se comover com nada, eu tinha usado porque eu quis. Eu fui infeliz nas palavras, comecei a falar 'meu pai quer morrer'. Ele realmente já tem uma certa idade, deve pensar na morte aos setenta e poucos anos. Na hora não sei porque falei aquilo. Eu me arrependo muito de ter falado, jamais falaria isso se não tivesse usado droga".

Crítica à imprensa: "Do jeito que saiu na imprensa, eu acho que valorizaram demais. Eu não tava ameaçando para usar mais droga. Eu já tinha usado, nem queria mais. Na verdade, eu só queria desabafar".

Relação com o filho, Benjamin, de 3 anos: "Eu só tinha videochamada com ele uma vez por semana, dez minutinhos básicos. Então, quando imprimiram essa foto pra mim eu ficava olhando pra ele. Nada como estar com a família. Eu fiquei muito pouco tempo com meu filho, não pude vê-lo nascer porque eu estava internado, eu queria ter tido aquela foto na maternidade, com ele recém-nascido. Não tenho".