Roberto de Carvalho publica homenagem a Rita Lee: 'Até amanhã'

Roberto de Carvalho, 70, marido de Rita Lee, publicou uma homenagem para a mulher nas redes sociais. A cantora morreu na noite de segunda-feira (8), em São Paulo.

No Instagram, o multi-instrumentista postou uma imagem de Rita Lee gesticulando em sinal de adeus. Ele utilizou trecho da canção "Menino de Braçanã", cantada por ela, para exaltá-la.

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"É tarde, já vou indo. Preciso ir embora, até amanhã...", escreveu Roberto de Carvalho na legenda. Os dois estiveram juntos por 46 anos.

Nos comentários, amigos e fãs de Rita Lee deixaram mensagens de despedida da rainha do rock. "Eterna", escreveu um internauta. "Rainha", elogiou outro seguidor. "Rita pra sempre", publicou um terceiro internauta.

Rita e Roberto se conheceram por volta de 1976 e, desde então, não se separaram mais. Os dois tiveram três filhos juntos: Beto, João e Antônio.

Rita Lee: veja fotos da carreira da artista

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Rita Lee nasceu em 31 de dezembro de 1947, em São Paulo

Folhapress

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Artista começou a carreira na adolescência, quando foi backing vocal

Folhapress

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Ao lado de outras duas garotas, em 1963, a artista criou o grupo musical Teenage Singers

Arquivo pessoal

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Os irmãos Sérgio e Arnaldo Batista e Rita Lee, integrantes do grupo Os Mutantes no 3 Festival de MPB da Record, em 1967

Acervo UH

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A cantora em capa de disco nos anos 1970

Reprodução

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Capa do disco "Fruto Proibido" (1975), de Rita Lee & Tutti Frutti

Reprodução

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Artista em entrevista a Marília Gabriela, em 1991, na Band

Reprodução/Rede Bandeirantes

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Em 3 de setembro de 1998, a artista fez a alegria da redação e do público do Bate-papo UOL

Reprodução/Bate-papo UOL

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A cantora Rita Lee em São Paulo, em maio de 2009

Marisa Cauduro/Folha Imagem

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A cantora participou da primeira formação do Saia Justa (GNT), em 2002

Divulgação

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Cantora em participação no Especial Roberto Carlos (Globo), em 2008

kiko cabral/Globo

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Rita Lee se aposentou dos palcos em 2012

Sérgio Lima/Folhapress

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No último show da carreira, em Aracaju, Rita criticou a agressividade de policiais contra alguns fãs que fumavam maconha. A apresentação aconteceu em dezembro de 2012

Maria Odilia/Folhapress

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Câncer foi descoberto em maio de 2021. Na época, Rita estava com 73 anos e passava por exames de rotina quando descobriu o tumor

Reprodução/Instagram

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Exposição sobre Rita Lee foi inaugurada 2021

Divulgação

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Rita Lee quando recebeu a vacina contra covid-19, em março de 2021

Reprodução/Instagram@ritalee_oficial

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Artista deixou de pintar os cabelos e vivia reclusa em um sítio no interior de São Paulo

Reprodução/Instagram

Rita Lee, a eterna rainha do rock

Nascida em 31 de dezembro de 1947 em São Paulo, Rita Lee Jones de Carvalho é filha de Charles Fenley Jones, um dentista descendente de imigrantes norte-americanos, e de Romilda Padula, filha de imigrantes italianos. Caçula de duas irmãs e transgressora desde que se lembra, ela cresceu na Vila Mariana, bairro da zona sul de São Paulo que considerou especial durante toda a sua vida, e onde morou até o nascimento do primeiro filho, Beto Lee.

Durante a infância, Rita teve aulas de piano, mas não pensava em seguir a carreira musical. Os dotes artísticos, embora já existentes, a levaram a querer ser atriz. Durante um período, chegou a cursar comunicação social na USP (Universidade de São Paulo), mas abandonou a faculdade para seguir sua paixão pela música.

O interesse pela música surgiu na adolescência, quando descobriu Elvis Presley, Rolling Stones, Beatles entre outros. Começou a se apresentar em clubes locais junto a amigos.

Com canções com referências que variavam de Paul Anka, Maysa, Carmen Miranda a Cauby Peixoto, Rita fez parte de vários grupos musicais amadores, até que, eventualmente, chegou a um sexteto musical chamado justamente "Os Seis". Com a saída de três integrantes, sobraram Rita, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias. Era o início do emblemático Os Mutantes.

Rita ficou com "Os Mutantes" durante seis anos, período mais psicodélico de sua carreira, em que seis álbuns foram gravados. A banda acompanhou Gilberto Gil na apresentação no 3° Festival de Música Popular Brasileira, fez parte do disco-manifesto "Tropicália ou Panis et Circensis" e deu origem a algumas das canções mais simbólicas e importantes da música brasileira, como "Ando Meio Desligado", "A Minha Menina" e "Balada do Louco", por exemplo.

A expulsão dos Mutantes veio junto ao fim de seu casamento com Arnaldo Baptista, que durou de 1968 a 1972. Neste período, ela já havia gravado alguns discos de forma solo, com composições em parceria com os companheiros de banda e composições exclusivas e individuais.