Barbárie de Queimadas: festa de aniversário virou estupro coletivo em 2012
O Linha Direta (Globo) abordará hoje o estupro coletivo que ficou conhecido como "Barbárie de Queimadas". Em 2012, cinco mulheres foram violentadas sexualmente por um grupo de dez homens, sendo sete adultos e três adolescentes, na cidade de Queimadas, na Paraíba.
O programa, que é apresentado por Pedro Bial, vai mostrar depoimentos de familiares das vítimas e uma das sobreviventes. Além disso, o apresentador vai conversar com a roteirista e repórter Camila Appel, que foi a Queimadas conversar com testemunhas e colher novas informações do caso.
"É um caso muito impressionante de um estupro coletivo, que acabou gerando a morte de duas meninas, conduzido por amigos. Uma coisa dantesca e muito visual do que é esse Brasil violento hoje. É quase uma banalização da violência. Acho que a gente também acaba usando isso para discutir um pouco disso", explicou Gian Carlo Bellotti, diretor-geral do Linha Direta, em entrevista a Splash.
O que aconteceu
Uma festa de aniversário na cidade de Queimadas, na Paraíba, acabou se transformando em um pesadelo para cinco mulheres. Na madrugada do dia 12 de fevereiro de 2012, elas foram vítimas de um estupro coletivo.
Os irmãos Luciano e Eduardo dos Santos Pereira teriam planejado abusar das cinco convidadas para a comemoração de aniversário de Luciano. Para isso, eles chamaram mais cinco homens e três adolescentes para participarem do crime.
Os dois forjaram um assalto para render as vítimas. O grupo rendeu cinco das sete mulheres presentes e outros dois homens que não estavam entre os agressores. As esposas de Eduardo e Luciano não foram violentadas.
Izabella Pajuçara e Michelle Domingos, duas das vítimas dos estupradores, foram levadas para outro lugar e mortas em via pública com três e quatro tiros, respectivamente. Izabella teria conseguido identificar um dos criminosos e Michelle ouvido a fala da amiga.
Eduardo, um dos mentores do crime, foi condenado a 108 anos de prisão, em 2014, mas fugiu de uma penitenciária de segurança máxima em João Pessoa, em novembro de 2020.
Luciano foi condenado a 44 anos e permanece em regime fechado.
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