Advogado diz que piloto de Marília Mendonça 'entrou em armadilha'
De Splash, em São Paulo
16/05/2023 12h03
Após a divulgação do relatório do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) sobre o acidente que matou Marília Mendonça, o advogado da filha do piloto afirma que a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) é responsável pela queda do avião.
"O piloto entrou numa armadilha porque não havia sinalização", afirma a Splash Sérgio Alonso, especialista em direito aeronáutico.
Vitória Medeiros, filha do piloto Geraldo Martins de Medeiros Júnior, processa a Cemig por danos morais. Segundo o advogado, desde o acidente ela é atacada nas redes sociais por fãs da cantora que culpam o seu pai, também morto no acidente, pela queda do avião.
Para o advogado, o relatório do Cenipa atesta a responsabilidade da Cemig: "O laudo confirmou o que falamos desde o início. Se não tivesse o fio, a linha de transmissão, e se fosse sinalizado, não teria ocorrido o acidente".
Se estivesse sinalizado, ele teria 30 segundos para avaliar a aproximação. Sem a sinalização, ele teve 0,3 segundo, que a acuidade do olho humano não consegue calcular. Sérgio Alonso, advogado da filha do piloto de Marília Mendonça
O relatório do Cenipa diz que o piloto fez "avaliação inadequada" no momento da aproximação. O advogado argumenta que Geraldo Medeiros "fez o que podia fazer" nas condições que tinha: sem sinalização e sem a carta que guia o pouso.
"Eles tentam arrumar alguma coisa para não dizer só que foi a Cemig. O simples fato de mandarem sinalizar a linha e emitirem uma carta de aproximação visual, que já deveria estar lá e não estava, confirma que o piloto não teve nada que ver com isso."