Lotada de fãs, Missa de 7º Dia de Rita Lee mistura fé e músicas da artista
De Splash, em São Paulo
16/05/2023 07h35Atualizada em 16/05/2023 16h18
Familiares, amigos e fãs de Rita Lee chegaram em silêncio à Paróquia São Pedro e São Paulo, na capital paulista, para a celebração da Missa de Sétimo Dia da artista.
A quietude foi rompida por cantos gregorianos, música tradicional católica que Rita Lee adorava, como explicou o padre Marcelo Francisco Leite, celebrante da Missa.
"Tenho certeza de que a Rita não queria uma eucaristia triste hoje", começou o religioso, que afirmou ainda durante a missa que "o maior fã de Rita Lee foi Deus". "Foi quem a criou e viu que sua obra deu frutos, que sua obra manifestou através da música muitos ensinamentos", disse.
Aberta ao público, com todos os cerca de 250 assentos da igreja ocupados, a celebração foi repleta de menções à cantora e sua obra. Ao longo da sua pregação, o religioso citou sucessos da artista, como "Mania de Você", "Chega Mais" e "Pagu".
"A Rita tinha uma consciência do que era ser mulher. Do que era valorizar a mulher. Porque ela era forte. Uma mulher que soube entender, no seu tempo, qual era sua missão", disse, ao citar a última. Falando diretamente ao viúvo Roberto de Carvalho, ele pregou a importância da "conjugalidade" dos casais e falou de "Mania de Você", música composta em um momento de romance entre ele e Rita Lee.
Antes da celebração, o padre se mostrou ele também um fã da artista. "A Rita não vai morrer nunca no nosso coração. Ela vai estar sempre presente, sempre vamos nos lembrar das músicas", disse ele a Splash antes de iniciar a Missa.
Ao final, fãs formaram uma fila para consolar os familiares de Rita Lee, com abraços emocionados entre quem conviveu com ela a vida toda e quem a admirava apenas de longe. Os admiradores da artista se manifestaram de forma silenciosa, com bótons e camisetas em homenagem à cantora.
"É um momento muito difícil para nós, mas ela será sempre eterna", disse Soraya, fã de 57 anos que estava vestida com uma camiseta com o rosto de Rita estampado. "Apesar disso, saber que não vamos mais ter ela aqui é muito difícil", completou.
Antes do início da cerimônia, o padre Marcelo Francisco Leite conversou com a reportagem. O sacerdote contou que "Ovelha Negra" é a sua música favorita da carreira de Rita Lee e enalteceu a artista. "A Rita era uma mulher profunda, muito meditativa"