O colunista Tony Goes, do jornal Folha de S.Paulo, comentou o impasse judicial que quase impediu a Globo de abordar a morte de Henry Borel no Linha Direta, sob risco de influenciar o júri popular que dará o veredicto do caso.
"Eu havia entendido que a proposta do Linha Direta era tratar de casos já encerrados. É muito delicado mesmo você fazer uma coisa sobre um caso em andamento", considerou Goes, durante participação no programa Splash Show.
"Esse caso específico, na cabeça de todo mundo, já está resolvido - ninguém tem a menor dúvida de que foi o doutor Jairinho. É até difícil você dizer que pode influenciar o júri, porque já teve muita cobertura de mídia", observou ele.
"No entanto, a argumentação da juíza de ontem é verdade - tanto que, quando você escolhe jurados, deve escolher quem não saiba nada sobre o caso. É complicada essa história, [porque] o caso não foi a julgamento", ponderou.
"Eu discordo. Entendo que o caso ainda não foi julgado, mas o Linha Direta está se atendo apenas ao que já foi noticiado e às imagens de arquivo", contra-argumentou Fefito, apresentador da atração do UOL. "Todo mundo lembra do caso Henry Borel, não vai se achar um júri que não conheça."
"Eu concordo plenamente - mas, se você não pode influenciar um júri em um caso, não pode influenciar em nenhum. A regra e a lei têm que valer para todo mundo", rebateu Tony Goes.
O programa Splash Show é exibido ao vivo de segunda a sexta-feira, às 13h, no canal de Splash no YouTube e na home do UOL, com as principais notícias do dia e comentários. Assista à íntegra:
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