Tina Turner foi obrigada por ex a ver show de sexo no dia de seu casamento
Tina Turner, que morreu hoje aos 83 anos, descreveu o casamento com o guitarrista Ike Turner como um "inferno dantesco". Ela afirmou que sofria "todo o tipo de violência" durante a relação em autobiografia lançada em 2019.
Casamento de Tina e Ike Turner
A cantora diz que foi obrigada a ir a um bordel e a assistir a uma apresentação de sexo no dia em que casou com o músico em 1962.
O casamento ocorreu na Califórnia. Na sequência, Ike levou a cantora para a fronteira com o México. Conforme o relato, eles entraram em um bordel para assistir ao show.
A cantora disse ter "controlado as lágrimas várias vezes" durante a apresentação. "Foi uma experiência terrível. Eu suprimi, apaguei da minha memória", disse a cantora em sua autobiografia.
Tina Turner disse que teve medo de recusar o pedido de casamento feito pelo guitarrista. Tina se casou com Ike aos 22 anos. O guitarrista era sete anos mais velho.
Eles se separaram oficialmente em 1978. Na época, a cantora revelou publicamente que foi agredida por Ike.
O guitarrista admitiu ter batido na antiga companheira: "Claro que cheguei a dar um 'estalo'. Houve altura em que a atirei ao chão sem pensar no que fazia, mas nunca espanquei", afirmou em entrevista relatada na autobiografia.
Tina também comparou o sexo com o ex-marido a um "estupro": "Ele usou meu nariz como saco de pancadas tantas vezes que senti o gosto de sangue escorrendo pela garganta enquanto cantava", descreveu segundo a BBC.
Em "I,Tina", livro lançado em 1986, a artista também descreveu outros abusos praticados por Ike durante o relacionamento. Eles participaram de shows juntos por 16 anos.
Os relatos geraram o filme "Tina: A Verdadeira História de Tina Turnar" (1993), obra que não foi assistida pela cantora. "Meus sentimentos por Ike eram dolorosos e não resolvidos quando o filme foi lançado".
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 180 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — a Central de Atendimento à Mulher, que funciona em todo o país e no exterior, 24 horas por dia. A ligação é gratuita. O serviço recebe denúncias, dá orientação de especialistas e faz encaminhamento para serviços de proteção e auxílio psicológico. O contato também pode ser feito pelo WhatsApp no número (61) 99656-5008.
A denúncia também pode ser feita pelo Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e a página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.
Caso esteja se sentindo em risco, a vítima pode solicitar uma medida protetiva de urgência.
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